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Grupos bolsonaristas mantêm 9 contas bancárias para financiar atos antidemocráticos, diz mídia

PGR e PF acompanham o financiamento das manifestações no 7 de setembro. As contas servem para contratar ônibus, comprar faixas e alugar helicópteros.
Sputnik
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantêm pelo menos nove contas bancárias para financiar atos antidemocráticos no feriado de 7 de setembro, informa o portal UOL neste domingo (5).
Os apoiadores do presidente dizem que as manifestações são democráticas e que não visam a um golpe de Estado, mas Bolsonaro recentemente vem fazendo diversas ameaças à realização das eleições de 2022, com ataques aos outros Poderes, dizendo que é preciso "enquadrar" ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer uma "ruptura".
Integrantes da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) informaram que acompanham o financiamento dos atos e que os valores arrecadados não foram revelados pela maioria dos organizadores.
As contas usadas para financiar os atos servem para contratar ônibus e banheiros químicos, comprar faixas, cartazes, pagar alimentação e energia e até helicópteros estão sendo alugados.
O grupo de Zé Trovão, do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes que convoca a população para os atos e pede o "impeachment" dos 11 ministros do STF, disse à mídia que espera ter 500 mil pessoas em Brasília e um milhão em São Paulo.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro durante ato na Avenida Paulista, São Paulo, 1 de maio de 2021

Ordem de prisão

Zé Trovão é alvo de uma ordem de prisão após convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de setembro, mas no sábado (4) publicou vídeo em suas redes sociais afirmando que estará na Avenida Paulista, em São Paulo, durante a manifestação programada para o feriado.
A ordem de prisão contra o caminhoneiro foi expedida na sexta-feira (3) no âmbito do inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado. A mesma investigação resultou na prisão do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza.
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