No dia 26 de agosto, 13 militares norte-americanos morreram junto com dezenas de civis afegãos na sequência de vários atentados no aeroporto internacional de Cabul. No mesmo dia o presidente dos EUA Joe Biden prometeu "caçar" os responsáveis.
Mais tarde, o Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), um ramo do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), que atua no Afeganistão e Paquistão, assumiu a responsabilidade pelos ataques.
"Já estamos ouvindo declarações de Washington de que eles vão se vingar pelo que foi feito em Cabul perto do aeroporto, no aeroporto, quando cidadãos americanos foram mortos, lá morreram cidadãos afegãos também […] Devemos recordar que os EUA estavam lá precisamente com uma missão de vingança, por 20 anos eles estiveram realizando precisamente essa missão de vingança. Portanto, acontece que eles agora vão se vingar pelo fracasso de sua missão de vingança anterior", afirmou Zakharova.
Presidente Joe Biden e primeira-dama Jill Biden olham para um caixão com os restos de um soldado americano transportado do Afeganistão, base aérea de Dover, EUA, 29 de agosto de 2021
© AP Photo / Carolyn Kaster
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que Moscou não planeja se envolver no conflito armado no Afeganistão.
No início de agosto, o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) intensificou seus ataques contra as forças do governo afegão. O grupo entrou em Cabul, a capital do país, em 15 de agosto, assumindo o controle do palácio presidencial no dia seguinte e declarando que a guerra no Afeganistão havia terminado e que logo seria estabelecida uma nova forma de governo do país.