Pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Skolkovo (Rússia), da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade de Postdam (Alemanha) avaliaram o impacto da radiação cósmica na saúde dos membros de uma futura tripulação, bem como as limitações que o peso da nave espacial impõe aos materiais de proteção, simulando a propagação de partículas de radiação dentro da espaçonave.
Em particular, os cientistas analisaram como os dois principais tipos de radiação perigosa – as partículas de energia solar (SEP, na sigla em inglês) e os raios cósmicos galácticos (GCR, na sigla em inglês), cuja intensidade depende da atividade do Sol, influenciam os diferentes órgãos humanos e afetam a nave espacial.
Os cálculos mostraram que o momento ideal para voar para Marte corresponde ao máximo solar, uma vez que a intensidade dos GCR, o tipo de radiação mais agressiva, diminui durante os 6-12 meses após o pico da atividade solar.
No entanto, mesmo as missões que se iniciassem durante o máximo solar não poderiam exceder os 4 anos, já que, após esse tempo, a tripulação estaria exposta a níveis perigosos de radiação.