Decisão da Anvisa de suspender partida Argentina-Brasil causa desconforto, diz AFA
A Associação do Futebol Argentino (AFA) expressou consternação com a suspensão da partida Argentina-Brasil em São Paulo logo no domingo (5). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que a seleção argentina tinha sido informada de antemão sobre as normas sanitárias do coronavírus, mas quatro jogadores - Emiliano Martínez, Cristian Romero, Giovani Lo Celso e Emiliano Buendía - que recentemente viajaram ao Reino Unido, não cumpriram as medidas de quarentena exigidas. A violação levou à suspensão da partida de qualificação para a Copa do Mundo de 2022 no Catar. A FIFA confirmou a decisão no Twitter. Enquanto isso, a equipe argentina disse na mesma rede social que estava indo para casa e postou uma foto dos jogadores a bordo do avião. "A Associação do Futebol Argentino expressa seu profundo desconforto com a suspensão do encontro entre a Seleção Nacional da Argentina e a Seleção Nacional do Brasil em São Paulo", declarou a AFA em comunicado, adicionando que ficou "surpreendida pelas ações da Anvisa após o jogo começar". A AFA confirmou que a seleção argentina cumpriu todos os protocolos sanitários estabelecidos pela Conmebol. O portal G1 relatou entretanto que a polícia brasileira não vai investigar os quatro jogadores argentinos que violaram as regulamentações sanitárias.
Lionel Messi da Argentina e Neymar do Brasil durante interrupção na partida Argentina-Brasil, 5 de setembro de 2021
© REUTERS / Amanda Perobelli
Governo de SP recebe 64 denúncias de vacinação irregular
A força-tarefa do governo paulista que investiga irregularidades na campanha de vacinação contra o coronavírus já recebeu 64 denúncias, informou ontem (5) o jornal Folha de São Paulo. Delas, 22 são de "revacinação". Na sequência, foram instaurados oito procedimentos. O coordenador do grupo, o secretário da Justiça e Cidadania Fernando José da Costa, prometeu punir os infratores, afirmando que "o fura-fila é um desrespeito à vida do próximo". Além disso, após a Anvisa ter suspendido no sábado (4) a utilização de mais de 12 milhões de doses da vacina CoronaVac envasadas em planta não aprovada pelo órgão, três dos cinco municípios do Rio que receberam o lote suspenso disseram não ter aplicado o imunizante. Os municípios de Maricá, Niterói e São Gonçalo cumpriram o requerimento da agência. Mesmo assim, o Instituto Butantan, fabricante da vacina, ressaltou a qualidade e a segurança do imunizante e afirma que não há motivo para pânico. Entretanto, o Brasil confirmou mais 257 mortes e 9.138 casos de COVID-19, totalizando 583.570 óbitos e 20.881.555 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Lotes da vacina CoronaVac distribuída pelo Instituto Butantan, em São Paulo, 16 de agosto de 2021
© REUTERS / Carla Carniel
Em carta, ex-presidentes e parlamentares de 26 países alertam para 'insurreição' no Brasil em 7 de setembro
Uma carta com mais de 150 assinaturas de ex-presidentes, antigos premiês e parlamentares de 26 países que deve ser divulgada hoje (6) afirma que os atos de protesto convocados pelo presidente Jair Bolsonaro para dia 7 de setembro são "uma insurreição". Entre os signatários do documento estão o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, o ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e o vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde, entre outros, bem como parlamentares dos EUA, da Grécia, Reino Unido, França, Nova Zelândia, Austrália, Equador, Chile e Uruguai. "Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil — e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois do dia 7 de setembro", segundo cita a Folha. O texto se refere às declarações ameaçadoras divulgadas por Bolsonaro de que, sem implementação do voto impresso, as eleições de 2022 podem não ocorrer. Entretanto, conforme mostra a pesquisa do Instituto Atlas Intelligence, 30% dos policiais militares pretendem ir "com certeza" aos protestos desta terça-feira (7) convocados pelo presidente, contra o STF. No entanto, os regulamentos das Polícias Militares proíbem aos agentes da ativa participarem de atos políticos.
Presidente Jair Bolsonaro participa da cerimônia de posse do novo comandante militar do Nordeste, Pernambuco, 3 de setembro de 2021
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Talibã declara captura do último 'bastião' da resistência no país; Panjshir refuta declarações
A província afegã de Panjshir, bastião da resistência no país, está agora sob o controle total do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), anunciou hoje (6) o porta-voz do movimento, Zabihullah Mujahid. "O último reduto de mercenários inimigos, a província de Panjshir, está completamente tomada […] Os mais recentes esforços para garantir a segurança completa no país também trouxeram resultados, e a província de Panjshir ficou sob o controle total do Emirado Islâmico", disse Mujahid. Enquanto isso, as forças de resistência em Panjshir refutaram por sua vez as declarações dos talibãs. "A declaração do Talibã sobre a captura de Panjshir não corresponde à verdade. As forças da Frente da Resistência estão presentes em todas as posições estratégicas em todo o vale para continuar a luta. Asseguramos ao povo afegão que o combate contra o Talibã e seus parceiros vai continuar até que a justiça e liberdade prevaleçam", disse o comunicado da Frente divulgado no Twitter. Panjshir, localizada a nordeste de Cabul, permanece a única província afegã que não é controlada pelos talibãs. As forças de resistência, lideradas por Ahmad Massoud, prometeram cessar a luta contra o movimento se ele proporcionar liberdade e igualdade a todos os cidadãos e formar um governo inclusivo. No domingo (5), foi relatada a morte do porta-voz da Frente de Resistência, Fahim Dashti, na sequência dos confrontos com o Talibã.
Vista de portão do gabinete do governador da província de Panjshir, Afeganistão, 6 de setembro de 2021
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Presidente da Guiné detido durante golpe militar no país
Os rebeldes da Guiné prometeram manter a segurança dos residentes locais após o golpe no domingo (5), disse a junta militar, que agora se autodenomina Comitê Nacional de Rali e Desenvolvimento (CNRD). Ontem (5), as autoridades guineanas notificaram que o palácio presidencial foi atacado pelos rebeldes, que detiveram o presidente do país africano, Alpha Condé. "Tomamos todas as medidas para assegurar que [o presidente] tenha acesso a cuidados de saúde e ele também está em contato com seus médicos", disseram eles. O líder do golpe, Mamady Doumbouya, anunciou a dissolução do governo, enquanto os rebeldes decretaram o toque de recolher obrigatório no país, dizendo que estão substituindo governadores e prefeitos locais por militares. "Serão tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos pacíficos, bem como de suas propriedades. Todas as unidades do interior devem manter a calma e evitar movimentos em direção [à capital] Conacri", conforme o comunicado do CNRD. Segundo o documento, o toque de recolher na Guiné é aplicado a partir das 20h00 locais, até nova ordem. Os ministros cessantes, membros do gabinete de Condé e outros altos funcionários são convidados para uma reunião organizada pelos rebeldes na segunda-feira (6). "Qualquer recusa em comparecer será considerada rebelião contra o CNRD", segundo o Comitê.
Pessoas nas ruas da Guiné após detenção do presidente Alpha Condé durante golpe militar na capital guineana, 5 de setembro de 2021
© AFP 2023 / CELLOU BINANI
Filho de Kadhafi foi libertado da prisão na Líbia
Saadi Kadhafi, filho do falecido governante líbio Muammar Kadhafi, derrubado e morto em uma revolta em 2011, foi libertado da prisão, confirmou à AFP uma fonte do Ministério da Justiça neste domingo (5). "Saadi Muammar Kadhafi foi libertado da prisão", na sequência de uma decisão judicial há vários anos, disse a fonte, sem especificar se ele ainda está no país. Algumas mídias relataram que ele teria viajado para a Turquia. Outra fonte, do Ministério Público, também confirmou à AFP que ele foi libertado e está livre para ficar ou sair do país. Saadi, de 47 anos, era conhecido por seu modo de vida de playboy durante o governo de seu pai. Ele fugiu ao Níger na sequência da insurreição apoiada pela OTAN em 2011, mas foi extraditado para a Líbia em 2014. Antigo jogador de futebol na Itália, Saadi foi detido em uma prisão de Trípoli, acusado de crimes cometidos contra manifestantes e do assassinato em 2005 de um treinador de futebol líbio, Bashir al-Rayani. Em abril de 2018, o tribunal de apelação absolveu-o do assassinato de Rayani.