As embarcações britânicas, HMS Tamar e HMS Spey, terão a missão de proteger os interesses do Reino Unido, "protegendo as águas territoriais, os estoques pesqueiros, exercendo funções de policiamento e atuando como os olhos, ouvidos e representantes da Marinha e da nação onde quer que patrulhem", conforme consta no portal da Marinha Real britânica, citado pelo South China Morning Post.
Estes navios também estão equipados com um canhão antiaéreo de curto alcance e um único canhão montado para defesa contra mísseis de curto alcance, foguetes, granadas e outros explosivos.
No final de agosto deste ano, o Reino Unido se juntou aos Países Baixos, EUA e Japão para realizar exercícios navais no oceano Pacífico, demonstrando a interoperabilidade das forças dos países envolvidos.
Ante a contínua escalada de tensões entre Londres e Pequim, o novo embaixador da China no Reino Unido, Zheng Zeguang, apelou a um recomeço nas relações entre as duas nações.
Navios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China
© AP Photo / Marinha dos EUA / Especialista de comunicação em massa de 2ª classe Kaila V. Peters
Zhou Chenming, pesquisador no Instituto de Ciência e Tecnologia Militar Yuan Wang, em Pequim, disse que os EUA buscam que aliados próximos, como o Reino Unido, participem de patrulhas navais para imporem sua presença militar na região, mas, de acordo com o especialista, o impacto militar pretendido não será tão grande assim.
"Os navios-patrulha britânicos são mais fracos em termos de defesas e capacidade, portanto, não causarão nenhumas mudanças substanciais no equilíbrio do poder militar [no Indo-Pacífico]", explicou Zhou, citado na matéria.
Contudo, as embarcações em causa tiveram importância política.
Ni Lexiong, especialista militar em Xangai, disse que o gigante asiático estaria monitorando os destacamentos britânicos, que sinalizam o compromisso de Londres em apoiar as forças norte-americanas na região, inclusive em um conflito no mar do Sul da China, aponta a mídia.