Nesse contexto, as autoridades começaram a monitorar os contatos do falecido e, no momento, já estão na lista 251 pessoas, 54 delas são de alto risco e 129 são profissionais de saúde.
O vírus Nipha foi descoberto em 1999 na Malásia, onde cerca 300 pessoas foram infetadas durante um surto e mais de 100 morreram, de acordo com a mídia local. O nome do vírus provem da aldeia natal da pessoa em que o vírus foi isolado pela primeira vez, que morreu da doença.
Desde então, vários surtos foram registrados em Bangladesh e na Índia. O último surto ocorreu em 2018 na Índia, deixando 18 pessoas infectadas, das quais 17 faleceram.
O hospedeiro natural do patógeno são raposas-voadoras, que podem infectar não apenas os humanos, mas também gatos, cachorros, suínos, cavalos, cabras e ovelhas. O vírus é transmitido através do contato direito com o animal ou pessoas portadoras, ou através da comida contaminada, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em pessoas infectadas, provoca uma série de patologias, desde problemas respiratórios graves a encefalite. Os sintomas mais comuns do vírus Nipah são febre, dor de cabeça, dores musculares, vômito, dor de garganta, tonturas, sonolência, consciência alterada.
A OMS considera que a taxa de letalidade do vírus Nipah é de 40 a 75%. Essa taxa pode variar de surto para surto, dependendo das capacidades locais de vigilância epidemiológica e gestão clínica.
O período de incubação (o intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) é de 4 a 14 dias. No entanto, foram relatados casos de período de incubação de 45 dias. De momento, não existem nem medicamentos, nem vacinas contra o vírus Nipah.