Segundo a proposta de orçamento do Ministério da Defesa enviada ao Parlamento, a Força Aérea estabelece NT$ 29,2 bilhões (R$ 5 bilhões) para contratos de manutenção e operação de instalações para suas aeronaves no ano financeiro de 2022, o que é 9,8% mais do que neste ano e 56% mais do que em 2016, quando Tsai Ing-wen foi eleita presidente do país.
Em outubro do ano passado, o então ministro da Defesa, Yen Te-fa, informou os legisladores que a Força Aérea acionou caças cada vez que aviões chineses se aproximaram da Zona de Identificação de Defesa Aérea da ilha (ADIZ, na sigla em inglês), o que custou NT$ 25,5 bilhões (R$ 4,7 bilhões) em 2020, de acordo com South China Morning Post.
Os oficias da Força Aérea de Taiwan também disseram que orçamento de manutenção, normalmente planejado com dois anos de antecedência, foi afetado pelo aumento de voos de aviões da China nos últimos anos, levando os militares taiwaneses a aumentar o financiamento para o próximo ano fiscal.
Su Tzu-yun, analista sênior do Instituto da Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança da China, disse nesta terça-feira (7) que o aumento de financiamento é necessário para manter o desempenho operacional das aeronaves de Taiwan a fim de responder às ações dos militares da China.
"A Força Aérea também precisa de comprar novos componentes e recursos para suas aeronaves, de forma a garantir que sua frota permanece em boas condições", afirmou.
No domingo (5), 19 aviões da China entraram na parte sudoeste da ADIZ de Taiwan. De acordo com as autoridades de Defesa de Taiwan, a missão chinesa envolveu 10 caças J-16 e quatro caças Su-30, quatro bombardeiros H-6, capazes de transportar armas nucleares, e um avião antissubmarino.