"Eu não vou cooperar com os talibãs até que eles respeitem os direitos humanos e formem um governo inclusivo", disse o embaixador aos jornalistas, acrescentando que as 67 embaixadas do Afeganistão no mundo não reconhecem o poder do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
O diplomata também adicionou que apoia o ex-vice-presidente afegão Amrullah Saleh. "A resistência em Panjshir vai continuar crescendo, e eu vou representar aqui Amrullah Saleh como presidente do Afeganistão", afirmou ele.
Conforme suas palavras, a maior parte do vale de Panjshir está sob controle da Frente de Resistência ao Talibã.
O embaixador disse ainda que o Paquistão está se intrometendo na política interna do Afeganistão e que a guerra não é apenas entre afegãos.
"Todas as etnias afegãs que não aceitam o regime talibã estão se unindo à resistência em Panjshir, incluindo uzbeques, hazaras e pashtuns", disse o embaixador.
As etnias que formam população do Afeganistão
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Em breve em Panjshir ocorrerá uma reunião com a participação de todos os comandantes militares afegãos que não reconheceram os talibãs, disse.
Na quarta-feira (8), foi organizada uma videoconferência dos chanceleres dos países vizinhos do Afeganistão. Da reunião, dedicada à discussão da manutenção da estabilidade regional, participaram o Tajiquistão, China, Irã, Turcomenistão e Uzbequistão.