Uruguai avança em acordo comercial com China à revelia do Mercosul

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, informou os partidos políticos com representação parlamentar sobre os avanços relacionados aos acordos comerciais com terceiros países, particularmente com a China.
Sputnik
"O presidente Luis Lacalle Pou recebe representantes [...] de todos os partidos políticos com representação parlamentar. O mandatário convocou este encontro para prestar informação relevante sobre os últimos avanços em matéria de acordos comerciais com terceiros países, particularmente, com a República Popular da China", comunicou a Presidência.
Este acordo, a ser assinado, seria à revelia do Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco que o Uruguai integra junto da Argentina, Brasil, Paraguai e Venezuela (atualmente suspensa).
O presidente uruguaio reconheceu em coletiva de imprensa que o avanço em um acordo comercial com a China pode gerar incômodos em seus parceiros do Mercosul.
Lacalle Pou também informou que o Executivo "recebeu uma resposta formal do governo chinês aceitando avançar em um acordo de livre comércio, estudo de viabilidade, e se houver acordo, avançar no TLC [tratado de livre comércio]".
O estudo de viabilidade mostrará "quem são os ganhadores e os perdedores destes acordos [com terceiros países]" e analisará "se há medidas compensatórias", afirmou.
A China informou que espera concluir o acordo de viabilidade no final do ano, anunciou o presidente uruguaio.
Além disso, ele adicionou que o Uruguai está aberto "a firmar tratados de livre comércio com todo o mundo".
"Se podemos avançar em um TLC com a China e com os EUA, seja bem-vindo. Não é um ou outro. Os dois, melhor", expressou.
O Uruguai, assim como o Brasil, busca flexibilizar o Mercosul para que cada um de seus membros possa firmar acordos bilaterais extra bloco, iniciativa que sofre resistência, especialmente por parte da Argentina.
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