Embaixador do Afeganistão na ONU pede que Conselho de Segurança não reconheça governo do Talibã

O enviado do Afeganistão à ONU afirmou que há relatos de testemunhas oculares do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) cometendo atrocidades e violações dos direitos humanos no Afeganistão.
Sputnik
O embaixador do Afeganistão nas Nações Unidas, Ghulam M. Isaczai, exortou o Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (9) a não reconhecer nenhum governo em Cabul, a menos que seja genuinamente inclusivo.
"Eu peço que retenham qualquer reconhecimento de qualquer governo no Afeganistão, a menos que seja verdadeiramente inclusivo e formado com base no livre arbítrio do povo", disse Isaczai durante reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Afeganistão. Na terça-feira (7), o Talibã anunciou seu primeiro governo provisório.
Isaczai acrescentou que há relatos de testemunhas oculares do Talibã cometendo atrocidades e violações dos direitos humanos no Afeganistão.
Mulheres se reúnem para exigir direitos após o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) ter assumido o poder no país, durante protesto em Cabul, Afeganistão, 3 de setembro de 2021
"Temos relatos de testemunhas oculares das atrocidades generalizadas do Talibã perpetuadas com o apoio de combatentes terroristas estrangeiros e recursos de inteligência e militares estrangeiros […]. Eles realizaram execuções seletivas, cortaram linhas de comunicação e impuseram um bloqueio humanitário", afirmou o diplomata
Por fim, Isaczai pediu à ONU que envie com urgência uma missão de investigação ao Afeganistão para avaliar as alegadas violações dos direitos humanos do Talibã.
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