Lloyd Austin: caso Al-Qaeda retorne ao Afeganistão Washington 'está preparado' para o enfrentar

Na semana passada, Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, advertiu que uma guerra civil poderia começar em breve no Afeganistão, e que tal acontecimento poderia levar ao ressurgimento da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) no país.
Sputnik
Miley falou à Fox News sobre a possibilidade do reaparecimento da Al-Qaeda no Afeganistão em um futuro próximo, dizendo que "há, pelo menos, uma probabilidade muito boa de uma guerra civil mais ampla [no Afeganistão] e isso, por sua vez, levará a condições que poderiam, de fato, levar a uma reconstituição da Al-Qaeda ou a um crescimento do Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países] ou de outros grupos terroristas" no país.
De igual modo, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sugeriu que os militantes da Al-Qaeda podem estar planejando retornar ao Afeganistão, agora que a nação da Ásia Central está sob o domínio do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países).
Durante uma coletiva de imprensa no Kuwait, na quarta-feira (8), o chefe do Pentágono deixou claro que Washington está preparado para impedir o ressurgimento da Al-Qaeda no Afeganistão, o que, nas suas palavras, representaria uma ameaça para os EUA.
"Toda a comunidade está relativamente atenta para ver o que acontece, e se a Al-Qaeda tem ou não a capacidade de se regenerar no Afeganistão [...] A natureza da Al-Qaeda [...] é que ela sempre tentará encontrar espaço para crescer e se regenerar, seja lá [no Afeganistão], seja na Somália, seja em qualquer outro espaço sem governo", afirmou Austin.
Ante a possibilidade de a Al-Qaeda usar o Afeganistão como base no futuro, o secretário de Defesa norte-americano prometeu "alertar o Talibã que nós [autoridades norte-americanas] esperamos que eles [militantes do Talibã] não permitam que isso aconteça".
Lloyd Austin também argumentou que as forças norte-americanas podem conter a Al-Qaeda usando aeronaves de vigilância e de ataque estacionadas em outros lugares, inclusive no golfo Pérsico. No entanto, admitiu que agora seria mais difícil travar o grupo terrorista sem as tropas e as equipes de Inteligência dos EUA no Afeganistão, agora sob governo talibã.
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