Apesar dos acordos de defesa com os EUA valerem mais de US$ 15 bilhões (R$ 78 bilhões) em uma década, a DTTI falhou em cumprir seu objetivo.
A Índia e os EUA colocaram um fim no silêncio sobre a DTTI assinando um acordo de cooperação no desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados lançados do ar (ALUAV, na sigla em inglês).
Contudo, especialistas militares afirmam que os desafios técnicos relacionados ao desenvolvimento de ALUAV dependeriam do tipo de plataforma de lançamento e dos objetivos da missão.
"Levando em consideração como os desafios técnicos variam de acordo com a natureza do ALUAV, pode levar anos para que o contrato do projeto seja completamente definido. Talvez nunca seja totalmente definido, tal como nas propostas anteriores da DTTI", afirmou à Sputnik Vijainder Kumar Thakur, analista de defesa.
Desde a criação da DTTI, pelo menos 40 tecnologias de defesa foram oferecidas pelos EUA, sendo que a maioria delas foram recusadas pela Índia, que considerou estas tecnologias como obsoletas.
Em 2019, os dois países suspenderam a cooperação na tecnologia de motores a jato devido à relutância de Washington em transferir tecnologia e controlar as exportações.
Um importante aspecto da cooperação de defesa com os EUA envolve a assinatura de quatro acordos fundamentais, sendo que a Índia é signatária de todos eles.
"Os EUA não são conhecidos por compartilharem tecnologia, nem mesmo com seus aliados mais próximos da OTAN. Um dos motivos é que, embora a tecnologia de defesa norte-americana seja frequentemente desenvolvida com financiamento do governo, a tecnologia de produção sempre permanece propriedade privada. Os acordos fundamentais que a Índia assinou com os EUA abrangem o uso da tecnologia, não o compartilhamento de fabricação", afirmou Thakur.
Além disso, Thakur também ressaltou que os EUA usam o Ato Contra Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês) para controlar as expectativas da Índia na parceria estratégica com os EUA.
Ele também citou que os EUA, frequentemente, têm alertado a Índia sobre as ações no âmbito do CAATSA em relação à compra dos sistemas de defesa russos S-400.
Contudo, o governo indiano decidiu prosseguir com o acordo firmado pelos S-400.