A biotecnologia potencialmente revolucionária ainda não existe, mas a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, na sigla em inglês) dos EUA pretende desenvolvê-la como uma maneira para acabar com a dependência americana da China – o maior fornecedor destes minerais do mundo, escreve Defense News.
Stefanie Tompkins, a diretora da DARPA, disse em uma conferência nesta quarta-feira (8) ainda é preciso determinar se vale a pena usar micróbios em escala industrial como biofiltros.
"De uma perspectiva da DARPA, estamos analisando: quais são alguns dos obstáculos para os EUA manterem o domínio no processamento de terras raras", afirmou a diretora.
Em julho, a referida agência norte-americana lançou o programa de quatro anos Micróbios Ambientais como Recurso de Bioengenharia (Ember, na sigla em inglês) para alavancar os avanços na engenharia microbiana e biomolecular no desenvolvimento do que se propõe como uma estratégia de separação e purificação escalável baseada em biotecnologia.
Carregamento de metais de terras raras no porto de Lianyungang, província de Jiangsu, no leste da China, para exportação ao Japão
© AFP 2023 / Stringer
De acordo com o Instituto Americano de Geociências, a biomineração usa microrganismos para extrair metais de minérios rochosos ou resíduos mineiros e pode ser usada para limpar locais poluídos com metais.
Quando metais valiosos, como o cobre, níquel e ouro, estão integrados dentro da rocha, uma técnica de biomineração usa micróbios para quebrar os minerais circundantes e outra quebra o próprio metal.
Os elementos de terras raras – um grupo de 17 metais incluindo o neodímio – são utilizados em lasers, armas guiadas de precisão, ímãs para motores e outros dispositivos que são essenciais para muitas tecnologias de que o Pentágono depende.