O drone realizou um voo de ida e volta entre duas cidades russas (Izhevsk e Yoshkar-Ola) percorrendo em 12 horas no total uma distância de 1.130 km.
Durante os testes, os desenvolvedores aplicaram a metodologia de utilizar dois esquadrões aéreos com um novo sistema de comunicação e controle. O sistema é baseado em pontos de controle além do horizonte, localizados em diferentes regiões do país.
A implementação de um sistema onde os operadores do veículo estão a até 500 km do local de lançamento reduz o uso dos recursos da aeronave, minimiza o fator humano e otimiza o pessoal das unidades operacionais.
Durante o voo, os desenvolvedores testaram as novas tecnologias aplicadas no drone ZALA. O modelo de testes recebeu um sistema de navegação visual que não depende do sinal de satélite.
Drone kamikaze russo ZALA Lancet do consórcio de armas russo Kalashnikov, Moscou, Rússia
© Foto / Kalashnikov Media
Além do mais, foi testado o sistema de processamento inteligente AIVI. O sistema permite detectar e identificar objetos em modo passivo visíveis na semiesfera inferior. AIVI é capaz de receber informações sobre a localização e número de objetos em tempo real.
O especialista militar Viktor Baranets em entrevista ao portal PolitEkspert falou sobre as vantagens do drone híbrido.
"Mil quilômetros já é uma distância estratégica. É extremamente importante que, em caso de operações de combate, o Exército russo seja capaz de observar o espaço a uma distância estratégica do inimigo e ver o que lá está acontecendo", sublinhou.
Anteriormente, uma fonte no complexo militar-industrial informou à Sputnik que os militares russos utilizaram várias dezenas de drones "kamikaze" Lancet-3 para atacar posições dos terroristas na Síria.