De acordo com a Folha de São Paulo, a tentativa de interferência do senador, Flávio Bolsonaro (Patriotas), na nomeação do corregedor da Receita Federal tem encontrado resistência entre auditores.
Flávio vem tentando emplacar o nome do auditor fiscal aposentado, Dagoberto da Silva Lemos, no órgão.
Entretanto, Kleber Cabral, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita, disse que o setor é sensível e não pode ter ingerência política, segundo a mídia.
"A corregedoria da Receita Federal, uma das mais sensíveis áreas do órgão, não pode ser ocupada por indicação política para que não haja caça às bruxas nem proteção aos amigos", afirmou.
Após circular a notícia sobre a interferência de Flávio, a entidade apurou que o nome de outro servidor foi indicado para o cargo de corregedor. No entanto, a nomeação teria sido assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não chegou a ser publicada.
O senador teria interesse no nome que vai ocupar a cadeira para tentar destravar uma tese de sua defesa de que houve acesso ilegal a seus dados fiscais na investigação sobre rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), de acordo com a Folha.
Contudo, Flávio nega qualquer envolvimento na nomeação e diz que cabe ao presidente da República e seu pai, Jair Bolsonaro, determinar a escolha.