A China lançou um programa piloto para possibilitar o comércio direto de energia verde entre as empresas de geração de energia eólica e fotovoltaica e os consumidores, comunicou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do país.
O projeto, que será realizado pelo Centro de Intercâmbio de Energia de Pequim e o de Guangzhou, tem como objetivo "acelerar o desenvolvimento da energia verde e impulsionar a assistência à transição do país para as tecnologias limpas e com baixas emissões de carbono".
A princípio, será usada apenas a energia eólica e fotovoltaica, porém outras fontes de energia renováveis serão integradas posteriormente.
Torres eólicas
© Foto / Pixabay / distelAPPArath
De acordo com o diretor-geral do Centro de Intercâmbio de Energia de Pequim, citado pelo jornal China Daily, 222 empresas já se candidataram para participar do programa.
Também foi destacado que agora já existem tecnologias que garantirão o funcionamento deste mercado, como a blockchain (cadeia de blocos).
"Novas tecnologias como a blockchain podem ajudar a registrar minuciosamente a informação sobre a produção de energia verde, transações, consumo e outros procedimentos", indicou a Comissão, adicionando que isso não apenas excluirá a possibilidade de falsificação dos dados, mas permitirá rastrear o ciclo completo de vida da energia.
Nesse contexto, Wang Dong, chefe da empresa State Blockchain Tchnology, destacou que o uso da cadeia de blocos ajudará a otimizar os procedimentos, baixar os custos e elevar a eficiência, excluindo ao mesmo tempo os riscos de erros.
A blockchain é uma tecnologia de registro que contém todas as transações feitas no sistema. Esses blocos de informações também são públicos. Após serem processados, os blocos não podem ser apagados ou alterados. Além disso, novos registros exigem um processo de validação.