O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (13) que a campanha de vacinação contra a COVID-19 no Brasil já é "um sucesso". O ministro acrescentou que a reclamação de que falta vacina para aplicação da segunda dose é uma "narrativa", reporta o portal G1.
Queiroga comentou que alguns estados não respeitaram as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e anteciparam os intervalos entre doses e a vacinação dos adolescentes.
"Eu também falei que quem adotasse esquemas diferentes do PNI não teria garantias de doses [...]. Por conta disso [do desrespeito ao PNI] surgem essas narrativas que falta dose. Na realidade, muitos já avançaram além [dos públicos previstos], e se avançaram é porque tinha doses", afirmou Queiroga, citado pela mídia.
Queiroga acrescentou que há "reclamadores crônicos", fazendo uma crítica ao estado de São Paulo.
Presidente Jair Bolsonaro (E) abraça o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto de arquivo
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"Você pode ver: quem reclama? Quem são os reclamadores crônicos? E aí você verifica as publicidades que fizeram. Não foi o Ministério da Saúde que fez a publicidade [do avanço na vacinação]", questionou Queiroga.
Na semana passada, a cidade de São Paulo registrou 98% dos postos de imunização contra o novo coronavírus sem doses da vacina AstraZeneca.
João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, culpou o Ministério da Saúde pela falta de vacinas, dizendo que a pasta não cumpriu com o prazo de enviar os lotes do imunizante.
Profissional de saúde da polícia prepara uma dose da vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 no primeiro dia de vacinação do governo estadual para policiais, São Paulo, Brasil, 5 de abril de 2021
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Máscara no Brasil
Questionado sobre os pedidos recentes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que o Brasil deixe de utilizar máscaras contra a COVID-19, Queiroga disse que "estamos bem perto de chegar a isso".
"Fui agora à Itália e todos sem máscaras. Portugal, Rússia […]. Estamos bem perto de chegar a isso no Brasil. É necessário que o contexto epidemiológico seja favorável a essa situação e nossa campanha de vacinação avance mais", comentou o ministro.