Drones estratosféricos e híbrido navio-submarino: Marinha britânica revela frota futurista (IMAGENS)

Jovens engenheiros britânicos foram desafiados a oferecer projetos e propostas futuristas para enfrentar os desafios da futura defesa naval do Reino Unido.
Sputnik
A Marinha Real britânica se prepara para oferecer um vislumbre de como poderia aumentar a adoção da tecnologia autônoma na exposição Equipamento de Defesa e Segurança Internacional (DSEI, na sigla em inglês), que se realizará entre terça-feira (14) e sexta-feira (17) em Londres, Reino Unido.
A Marinha Real trabalhou com engenheiros da indústria e do meio acadêmico para projetar uma frota autônoma do futuro. Primeiro, um navio transportador que usa biocombustível e energia eólica para operar, e abriga tanto barcos não tripulados quanto submarinos tripulados.
"Em um cenário futuro, se nos virmos incapazes de competir tradicionalmente em termos de massa, devemos pensar de forma diferente se quisermos recuperar a vantagem operacional", disse Nick Hine, segundo senhor do Mar e vice-Almirante.
"Os jovens engenheiros que trabalharam neste projeto estão pensando radicalmente, e com imaginação real, e refletem como a Marinha Real também está pensando", acrescentou.
Um dos conceitos do desafio Ciência e Tecnologia de Engenharia Naval do Reino Unido (UKNEST, na sigla em inglês) sugeriu a criação de uma estação de drones voadora, com um enorme balão de hélio preso a ela, localizado na estratosfera superior, e coberto de material capaz de coletar raios solares como energia.
Isso poderia oferecer uma estação base para veículos de ataque rápido capazes de entrar em queda livre antes de suas asas se expandirem, atingindo um alvo usando projéteis lançados de armas de fogo de trilho que atravessam a superfície da água. Os engenheiros também propuseram um projeto para um navio de carga semissubmersível movido a biocombustível e energia eólica, capaz de abrigar submarinos autônomos.
Outro conceito da futura frota incluía um barco de combate autônomo que pode trabalhar tanto na superfície como abaixo das ondas. Ele possui módulos intercambiáveis para que possa ser adaptado a qualquer missão.
A futura guerra no mar pode pressupor "a substituição dos poucos e caros por uma combinação de plataformas requintadas, mas também plataformas relativamente baratas, não tripuladas ou opcionalmente tripuladas", afirmou Sidharth Kaushal, pesquisador do Instituto de Serviços Unidos Real (RUSI, na sigla em inglês), citado no domingo (12) pela emissora Sky News.
Ele acrescentou que algumas das propostas dos engenheiros são "eminentemente racionais", enquanto outras eram "muito mais no reino do pensamento muito, muito especulativo".
Também foi proposto como parte do UKNEST um submarino aerodinâmico e minimamente tripulado e coberto por uma pele externa feita de coral cerebral. O navio poderia ser capaz de lançar um grande navio autônomo equipado com drones "de bloco hexagonal", que seriam "fabricados dentro da própria nave-mãe".
"Em termos do lado conceitual, a ideia de usar plataformas não tripuladas para retirar algumas das tarefas mais mundanas da frota, coisas como o reabastecimento, por exemplo, parece ser eminentemente realizável", disse Kaushal.
Em um documento de março de 2021, a Marinha Real do Reino Unido referiu estar focada em investir em uma frota mais inovadora e automatizada, uma exigência que poderia ser preenchida pelo aumento de gastos de 24 bilhões de libras esterlinas (R$ 173,12 bilhões) nos quatro anos seguintes, anunciados em novembro de 2020 por Boris Johnson, primeiro-ministro britânico.
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