Situação no Afeganistão volta a demostrar vulnerabilidade da União Europeia, afirma Borrell

A retirada dos EUA do Afeganistão e a chegada dos islamistas ao poder mostram a vulnerabilidade da União Europeia, segundo o chefe da diplomacia europeia, que destaca a necessidade de uma avaliação do papel da UE no país.
Sputnik
Os acontecimentos recentes no Afeganistão demostraram de novo a vulnerabilidade da União Europeia (UE), declarou o alto representante da UE para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell.
"Certamente, isso parece um despertar abrupto, mostrando novamente nossa vulnerabilidade", disse Borrell ao jornal Le Monde.
"Em todo o caso, é necessário um relatório de avaliação quanto ao papel da União Europeia no Afeganistão e às deficiências que possam ter ocorrido nos últimos 20 anos [...] para determinar as razões do colapso do Exército afegão, que não soube defender seu país dos talibãs", afirmou.
A UE tenta aumentar a colaboração com os países da região e também estabelecer sua presença em Cabul. Além disso, o bloco pretende proteger todos os afegãos que colaboraram com os europeus, conforme Borrell.
O alto diplomata europeu informou que os ministros das Relações Exteriores da UE determinaram cinco critérios para construir relações com o novo governo do Afeganistão.
Os critérios incluem o respeito aos principais direitos de toda a comunidade afegã, incluindo as mulheres, e a possibilidade de realizar evacuações, entre outras condições.
Por sua vez, na segunda-feira (13), o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à comunidade internacional para se engajar com o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e fornecer uma ajuda vital, desesperadamente necessária para os afegãos.
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