Na terça-feira (14), o procurador público alemão anunciou que o homem, referido apenas como Alexander J., foi detido no distrito de Segeberg, em Schleswig-Holstein. O Ministério Público Federal disse que 11 propriedades em Schleswig-Holstein, Hamburgo e na Renânia do Norte-Vestefália – incluindo a casa e instalações comerciais do acusado – foram revistadas como parte de sua investigação.
O procurador informou que o acusado sob investigação tinha sido abordado em 2018 e 2019 para localizar e exportar equipamentos de laboratório. Contudo, de acordo com os investigadores, Alexander J. não teria solicitado a licença especial de exportação necessária, uma vez que tal processo englobava a transação de quantias avultadas.
Outros dois coacusados ainda se encontram em liberdade, mas já estão sendo procurados pelas autoridades alemãs.
O acordo nuclear do Irã, também conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), tinha como objetivo colocar restrições às aspirações nucleares iranianas em troca do alívio de sanções contra a nação persa. Contudo, em 2018, Washington, sob a presidência de Donald Trump, se retirou unilateralmente do acordo, seguindo-se uma série de duras sanções impostas pelos EUA ao Irã.
Desde então, Teerã tem desafiado as várias regras desse acordo, aumentando seu programa de enriquecimento muito além do nível previamente acordado de 3,67%, mas ainda inferior a 90%, já considerado nível para fabricação de armas. Em abril deste ano, a República Islâmica declarou que aumentaria seu enriquecimento de urânio para 60%, após um suposto ataque israelense a sua instalação nuclear de Natanz.
Há vários meses que negociações intensas em Viena tentam trazer os EUA e o Irã de volta ao pacto nuclear. No entanto, ainda não é claro que o novo governo iraniano queira dar tal passo, considerando que a administração Biden-Harris se tem mostrado bastante rígida em suas condições.