Os líderes das três nações estão discutindo os objetivos do grupo de trabalho AUUKUS, garantindo que suas ações não se destinam a nenhum país em específico, mas antes em prol da paz e da segurança, anunciou um alto funcionário da administração democrata norte-americana.
"Quero ressaltar muito claramente [que] esta parceria não se dirige contra nenhum país, trata-se de fazer avançar nossos interesses estratégicos e promover a paz e a estabilidade no Indo-Pacífico", afirmou o funcionário.
"Precisamos de ser capazes de abordar tanto o ambiente estratégico atual na região [do Indo-Pacífico], como o que pode evoluir lá", declarou Biden.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acredita que este novo pacto aproximará ainda mais os três países, e vê a Austrália como "um de nossos amigos mais velhos, uma nação-parente e uma democracia semelhante [às do Reino Unido e dos EUA], e um parceiro natural neste grande empreendimento".
Para já, a primeira grande iniciativa da nova parceria trilateral EUA - Reino Unido - Austrália (AUKUS) será o desenvolvimento para a Austrália de uma frota de submarinos movidos a energia nuclear, mas não de armas nucleares, disse o primeiro-ministro Scott Morrison.
Tendo isso em consideração, Washington também espera trabalhar "de perto" com a França no Indo-Pacífico, colocando em questão um acordo francês multibilionário para fornecer submarinos convencionais para a Austrália.
Sobre 'ameaça' da China e armas nucleares
Apesar de não existir, atualmente, nenhuma arma nuclear norte-americana posicionada na Austrália, há quem especule que o pacto de defesa envolverá a expansão da infraestrutura de mísseis norte-americanos no país-continente para enfrentar a suposta ameaça comum colocada pela China.
É frequente a troca de acusações entre os EUA e a China no que toca aos comportamentos de ambos os Estados que acabam provocando o escalar de tensões na região e, consequentemente, a condução de exercícios navais.
Os EUA realizam regularmente as chamadas missões pela "liberdade de navegação", durante as quais seus navios de guerra navegam em águas que Pequim considera suas. A China qualifica tais manobras militares como provocatórias.