Armas a laser avançadas serão testadas pelo Exército do Reino Unido e pela Marinha Real britânica pela primeira vez em 2023, com todas as capacidades dos lasers de campo de batalha a serviço do Ministério da Defesa dentro de uma década, disse o Ministro de Aquisições de Defesa britânico, Jeremy Quin na terça-feira (14).
Durante a exposição Equipamento de Defesa e Segurança Internacional (DSEI, na sigla em inglês) em Londres, o ministro enfatizou que "armas de energia dirigida [armas de laser e radiofrequência] são elemento-chave de nossos programas de equipamentos futuros e pretendemos nos tornar líder mundial em pesquisa, fabricação e implementação dessa tecnologia de última geração", citado pela emissora Sky News.
De acordo com Quin, os testes de armas de laser e radiofrequência estão programados para 2023, quando serão instaladas em uma fragata Type 23 da Marinha Real britânica e em um veículo Wolfhound, do Exército britânico, e testados contra drones e outras ameaças aéreas. As armas de energia dirigida são movidas a eletricidade e não precisam de munição.
HMS Defender, destróier da Marinha Real Britânica, chega ao porto do mar Negro de Batumi, Geórgia, 26 de junho de 2021
© REUTERS / Vasil Gedenidze / Embaixada do Reino Unido na Geórgia / Handout
Os contratos de investimento, que giram em torno de 72,5 milhões de libras (aproximadamente R$ 527 milhões), para o desenvolvimento foram adjudicados a um consórcio liderado pelas empresas Thales e Raytheon.
Em 2019, quando lançava o novo programa de armas, a então secretária de Defesa do Reino Unido, Penny Mordaunt, elogiou as tecnologias a laser como algo que "têm o potencial de revolucionar o campo de batalha, oferecendo sistemas de armas poderosos e econômicos para nossas Forças Armadas".
"Este significativo investimento demonstra nosso compromisso em garantir que nossas Forças Armadas operem na vanguarda da tecnologia militar", acrescentou.