Afirmando ter 'provas irrefutáveis' de interferência nas eleições, Rússia ameaça tomar medidas

Moscou tem manifestado repetidamente preocupações em relação ao que vê como interferência do Ocidente em suas próximas eleições parlamentares.
Sputnik
O Ministério das Relações Exteriores russo advertiu nesta quinta-feira (16) que tomaria medidas contra os EUA sobre a "interferência nas eleições". A autoridade russa acrescentou ainda que havia esclarecido sua posição sobre a ingerência em assuntos internos ao Departamento de Estado norte-americana.
Segundo o Ministério, Moscou possui provas "irrefutáveis" de plataformas de Internet norte-americanas que violam a lei russa ante as próximas eleições.
"Como se sabe, a paciência do lado russo, que até agora se absteve de levantar barreiras aos negócios norte-americanos na Rússia, não é ilimitada", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, durante uma coletiva de imprensa.
Moscou também prometeu "responder fortemente" à "inaceitável" ingerência nos assuntos internos da nação, tomando em atenção um relatório do Parlamento Europeu sobre as eleições russas.
O relatório foi publicado nesta quinta-feira (16) dizendo que a UE deveria "contrabalançar os esforços da Rússia e da China para enfraquecer a democracia no mundo inteiro e desestabilizar a ordem europeia".
No início do dia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres que Moscou considera o relatório lamentável devido à falta de um diálogo de esclarecimento e de esforço para resolução dos desacordos existentes através da comunicação.
As eleições para a Duma, que é a câmara baixa do Parlamento da Rússia, vão decorrer entre 17 e 19 de setembro de 2021. Estas eleições são realizadas a cada cinco anos utilizando um sistema eleitoral misto, que inclui a eleição de 225 representantes de listas partidárias e outros 225 de círculos eleitorais com mandato único.
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