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Petrobras: Lira cobra clareza sobre alto preço do combustível e diz que Congresso tomará providência

Lira critica explicação dada por presidente da Petrobras na quarta-feira (14) sobre elevado preço dos combustíveis e diz que o Congresso vai elaborar medidas para maior transparência "sem machucar a economia e sem prejudicar a empresa".
Sputnik
Após as explicações sobre a alta dos combustíveis afirmadas pelo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, na quarta-feira (14), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse hoje (16) não ter ficado satisfeito com as explanações de Silva e Luna, e declarou que o Congresso vai tomar providências "sem machucar a economia e a empresa", segundo a Folha de São Paulo.
"Eu não achei que foram satisfatórias as explicações do presidente da Petrobras. […] Eu falo isso com muita tranquilidade. Nós precisamos de mais esclarecimentos para que a gente tenha uma solução efetiva, principalmente, para redução do preço do gás", disse Lira durante videoconferência realizada por uma empresa de investimentos.
Na quarta-feira (14), Silva e Luna afirmou que nem todo reajuste é motivado pela Petrobras, citando uma série de tributos, como ICMS e impostos federais, que ajudam no aumento do preço final do combustível, conforme noticiado.
Na live de hoje (16), o presidente da Câmara dos Deputados defendeu que a estatal se antecipe e preste as informações "adequadas" sobre a "composição do preço dos combustíveis, do preço da importação do petróleo, os aumentos que são rápidos ou não", segundo a mídia.
"Não é possível que nós permaneçamos neste estado de letargia ou de inércia em relação às coisas que vêm acontecendo. Então é lógico que o Congresso vai tomar e seguir com providências, sem machucar a economia, sem prejudicar a empresa, mas fazendo o debate claro e transparente de informações que nós precisamos acessar", declarou.
Lira ainda afirmou que "não é possível que a gente não tenha condições de ter […] uma política justa da Petrobras de poder dividir com o povo brasileiro o pouco da riqueza que ela amealha e arrecada com todo o esforço que o governo sempre investiu nela, na construção de gasodutos e vários outros investimentos que foram feitos.
Segundo a mídia, os aumentos do preço da gasolina vêm pressionando o IPCA (índice oficial de preços).
Em agosto, o índice avançou 0,87%, a maior taxa em 21 anos. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em agosto, com destaque para o segmento de transportes. Puxado pelos combustíveis, esse ramo registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) no índice geral do mês.
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