"Nos próximos anos, a Rússia pode, realmente, representar o principal desafio de segurança que enfrentamos no domínio militar, para os EUA e certamente para a Europa [...] A Rússia é um adversário cada vez mais assertivo que continua determinado em aumentar sua influência global e desempenhar um papel perturbador no cenário global, inclusive através de tentativas de dividir o Ocidente", disse Kahl em uma conferência militar realizada na sexta-feira (17) na Lituânia.
O funcionário do Pentágono afirmou que, enquanto que a China é uma "ameaça constante" para Washington e seus aliados, a Rússia pode ser um problema maior a curto prazo, a julgar por seu comportamento na Europa, no Oriente Médio, na Ásia e no ciberespaço.
"Frequentemente, Moscou degrada a transparência e a previsibilidade, usa a força militar para atingir seus objetivos, apoia grupos para semear o caos e a dúvida, mina a ordem internacional baseada em regras", declarou Kahl, acrescentando que "os EUA continuam monitorando de perto a atividade militar russa no flanco oriental da OTAN e na região do mar Negro".
Kahl afirma que os EUA vão interagir com a Rússia a partir de uma posição de força coletiva, observando que as forças militares norte-americanas na Europa permanecem fortes e flexíveis, garantindo uma "dissuasão confiável e eficaz".
Porém, Washington não descarta a opção de retomar o diálogo com Moscou se o governo russo alterar seu comportamento, de acordo com o oficial do Pentágono.