Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) encontraram testemunhos da catástrofe, relacionando-os com a descrição da destruição da cidade bíblica de Sodoma. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports.
Os especialistas encontraram uma camada de 1,5 metro de espessura na camada da Idade do Bronze Média, caracterizada pela presença de escombros e pedacinhos de cerâmica, com fragmentos transformados em vidro, bem como por material de construção derretido.
Tudo isso indica a ocorrência de uma temperatura anormalmente alta, mais de 2.000 graus Célsius, a qual as pessoas não podiam reproduzir por meio das tecnologias disponíveis naquela época.
De acordo com as palavras dos arqueólogos, perto da cidade ocorreu uma explosão na sequência da queda de um corpo celeste, análogo ao meteorito de Tunguska. A potência da explosão no evento de Tunguska em 1908 é estimada em 12 megatons de TNT. Em Tall el-Hammam a catástrofe levou ao desabamento de um palácio e dos edifícios ao redor, tendo resultado na morte de inúmeras pessoas, cujos esqueletos ficaram fragmentados.
Durante a análise seguinte do solo e da camada anormal, os cientistas descobriram esferas minúsculas, ricas em ferro e sílica, bem como metais derretidos. Além disso, foi descoberto o chamado quartzo de choque – grãos de areia cuja estrutura cristalina estava muito deformada em resultado de pressão extremamente alta.
É possível que a descrição oral da destruição da cidade pudesse ter sido transmitida de geração em geração até que foi registrada como a história de Sodoma bíblica. A Bíblia descreve a devastação de um centro urbano perto do mar Morto: pedras e fogo caíram do céu, mais de uma cidade foi destruída, fogos originaram fumaça grossa e os habitantes da cidade foram mortos.