As pesquisas dos anos 1980 usando sensoriamento remoto e análise de meteoritos marcianos mostram que Marte chegou a ser rico em água como a Terra. Desde essa década, foram propostas várias explicações do desaparecimento da água no Planeta Vermelho.
Os resultados do novo estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostram que, durante a sua formação, Marte perdeu mais potássio e outros compostos orgânicos voláteis que a Terra, mas menos que a Lua.
Os pesquisadores descobriram uma correlação entre o tamanho do corpo celeste e o teor isotópico de potássio.
"A detecção da correlação entre a composição do isótopo de potássio e a gravidade do planeta é uma descoberta nova com importantes indicadores quantitativos de quando e como os planetas diferenciados obtiveram e perderam seus compostos orgânicos voláteis", disse uma dos autores do estudo, Katharina Lodders.
Os cientistas acreditam que seus resultados são importantes para a procura por vida em outros planetas além de Marte. O estudo revela que existe uma variedade limitada de tamanhos de planetas que lhes permita ter suficiente água para desenvolver formas complexas de vida.