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Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 21 de setembro

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta terça-feira (21), marcada pelo discurso de abertura do presidente Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, pelas eleições parlamentares no Canadá e pelo encontro do presidente vietnamita com o general Raúl Castro.
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Governador do AM vira réu no STJ por crimes na pandemia

Nesta segunda-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça decidiu por unanimidade aceitar uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, por crimes durante a pandemia. Além dele, foram acusadas mais 13 pessoas. Wilson Lima é acusado pelo Ministério Público de integrar um alegado esquema de desvio de recursos públicos na compra de respiradores para o tratamento de pacientes com a COVID-19. A PGR estima prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos, conforme o portal G1. O próprio governador defende sua inocência no caso: "Sobre a decisão de hoje, afirmo: as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular", diz a nota divulgada por Lima e citada pelo portal G1. Entretanto, o Brasil confirmou mais 248 mortes e 2.389 casos de COVID-19, totalizando 591.034 óbitos e 21.234.372 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
O governador do estado do Amazonas, Wilson Lima

76ª Assembleia Geral da ONU se reúne em Nova York para semana de debates de alto nível

A sede da ONU abre suas portas hoje (21) para muitos líderes e altas personalidades oficiais mundiais que vêm pessoalmente a Nova York para uma semana anual da Assembleia Geral de alto nível. Funcionários de mais de 100 países são esperados para participar do evento neste ano na forma presencial, apesar da pandemia de COVID-19. No primeiro dia dos debates gerais, é planejada a visita do presidente americano Joe Biden, acompanhado pelo secretário de Estado Antony Blinken. À margem da Assembleia Geral, Biden vai convocar uma conferência virtual em 22 de setembro com foco no reforço da resposta internacional ao coronavírus. Também hoje (21) os líderes mundiais vão se reunir na cúpula ministerial designada como "Salvaguardar as conquistas de 20 anos de envolvimento internacional no Afeganistão". A situação no país centro-asiático se tornou o assunto prioritário da agenda das Nações Unidas após a tomada do poder no Estado pelo Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). A lista dos participantes presenciais da Assembleia Geral na terça-feira (21) também inclui o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o líder do Catar, Amir Tamim bin Hamad Al Thani, o da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o presidente da Polônia, Andrzej Duda. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, o chefe da China, Xi Jinping, e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, também são previstos para o primeiro dia do debate geral, mas vão fazer seus pronunciamentos através de mensagens de vídeo pré-gravadas a serem transmitidas no Salão da Assembleia Geral.
Premiê britânico, Boris Johnson, passa pela estátua Anyanwu, oferecida pelo artista nigeriano Ben Enwonwu às Nações Unidas, durante a 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU, 20 de setembro de 2021

Presidente Bolsonaro abre debate na Assembleia Geral

A Assembleia Geral da ONU neste ano será aberta, por tradição, pelo discurso do líder brasileiro. O Brasil ganhou o direito de abrir o debate da Assembleia por sempre se voluntariar para falar primeiro. O presidente Jair Bolsonaro será o primeiro para discursar no evento, focado neste ano na resposta dos Estados à pandemia e na necessidade de preservação do meio ambiente. O presidente é o único dos líderes do G20 que não foi vacinado ainda. Bolsonaro desembarcou em Nova York no domingo (19). Na segunda-feira (20), o presidente jantou na resistência oficial do embaixador do Brasil junto à ONU. A passagem do chefe do Executivo registrou protestos na noite de ontem, durante os quais manifestantes clamaram em coro: "Fora Bolsonaro". Nesta viagem, o presidente é acompanhado, entre outros, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que mostra um forte alinhamento com o governo federal. Durante os protestos na cidade, o ministro perdeu controle e fez gestos obscenos para manifestantes, o que foi gravado e viralizou nas redes sociais.

Eleições parlamentares no Canadá: partido de Trudeau está ganhando, mas não consegue maioria

O Partido Liberal, partido no poder no Canadá e liderado pelo primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, lidera em 157 de 338 distritos nas eleições federais com mais de 70% de apoiadores nas sondagens, de acordo com resultados oficiais. A maioria das principais emissoras canadenses prevê que os liberais vão ganhar a maioria dos mandados na eleição desta segunda-feira (20), enquanto a emissora estatal CBC projeta um governo minoritário sob a chefia de Trudeau. Ao menos 170 assentos são necessários para formar o governo de maioria. O partido de Trudeau atualmente tem 31,9% de apoios, seguido pelos conservadores com 34,1% e 17,4% dos NDP (Novos Democratas). "Vocês estão nos mandando de volta para trabalhar com um mandato claro para levar o Canadá através desta pandemia e para os dias mais brilhantes à frente", disse ele aos apoiadores na sede do partido em Montreal na noite da eleição. "Milhões dos canadenses escolheram o plano progressivo [...] Alguns falaram sobre a divisão, mas não é o que eu vejo, não foi o que vi nas últimas semanas em todo o país", continuou o premiê. As eleições parlamentares ocorreram na segunda-feira (20).
Primeiro-ministro do Canadá e líder do Partido Liberal, Justin Trudeau, acompanhado pela sua esposa Sophie Gregoire e seus filhos, Ella-Grace e Xavier, na noite após eleições no país, 21 de setembro de 2021

Presidente do Vietnã tem encontro com Raúl Castro no final da visita a Cuba

Pouco antes de concluir sua visita oficial a Cuba, o presidente do Vietnã, Nguyen Xuan Phuc, teve um encontro com o general Raúl Castro na cidade de Santiago de Cuba, a uns 880 quilômetros da capital cubana, com quem acordou continuar a alargar a cooperação bilateral. "O presidente do Vietnã, Nguyen Xuan Phuc, concluiu a visita bem-sucedida a Cuba. Fortalecem-se e ampliam-se os vínculos bilaterais em todas as esferas, expressos na qualidade dos intercâmbios, no âmbito da declaração conjunta e acordos firmados", disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla. Durante o encontro com Raúl Castro, o presidente vietnamita reconheceu que o programa preenchido e os acordos assinados "expressam o carácter especial das nossas relações e a unidade indestrutível entre ambas as nações irmãs". Durante seus três dias na ilha, o presidente vietnamita manteve encontros com seu homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, com o primeiro-ministro de Cuba, Manuel Marrero, e com o presidente do Conselho de Estado, Esteban Lazo, bem como assinou importantes convênios nas áreas da saúde, comércio, agricultura, biotecnologia, justiça e relações internacionais. Os países têm mantido seus laços diplomáticos desde dezembro de 1960.
Presidente do Vietnã, Nguyen Xuan Phuc, fala com o primeiro vice-presidente da Cuba, Salvador Antonio Valdes Mesa, durante sua visita a Havana, Cuba, 19 de setembro de 2021

União Europeia apoia França na disputa de submarinos

Os chanceleres da União Europeia expressaram o apoio e solidariedade com a França na segunda-feira (20) durante o encontro em Nova York, destinado a discutir o cancelamento pela Austrália de um acordo de submarinos com Paris a favor dos EUA e Reino Unido. Conversando após a reunião a portas fechadas antes do encontro anual dos líderes das Nações Unidas, o chefe da política exterior da UE, Josep Borrell, disse que precisa de "mais cooperação, mais coordenação, menos fragmentação" para atingir um região do Indo-Pacífico estável e pacífica onde a China é a maior potência em ascensão. "Certamente, fomos pegos de surpresa por este anúncio", disse ele se referindo ao anúncio da aliança AUKUS pela Austrália, EUA e Reino Unido. Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que ele acha difícil entender esse passo. "Por quê? Porque com a nova administração Biden, a América está de volta. Esta foi a mensagem histórica enviada por esta nova administração e agora temos perguntas. O que significa – América está de volta?", questionou ele. Enquanto isso, os altos líderes devem se encontrar em Pittsburgh, nos EUA, neste mês para a reunião inaugural do recém-criado Conselho de Comércio e Tecnologia EUA-UE, mas Michel disse que alguns membros da UE estão instando a que isso seja adiado.
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