Emmanuel Macron, presidente da França, enviará seu embaixador de volta aos EUA na próxima semana, depois que Joe Biden, presidente norte-americano, concordou que consultar Paris antes de anunciar um pacto de segurança com a Austrália poderia ter impedido uma disputa diplomática, anunciou na quarta-feira (22) o escritório do chefe do Executivo francês.
Na quarta-feira (22), ambos os líderes nacionais tiveram um telefonema no qual concordaram em lançar consultas profundas para reconstruir a confiança, disse o escritório de Macron do Palácio de Elysée, em uma declaração conjunta da França e os EUA.
"Os dois líderes concordaram que a situação teria beneficiado de consultas abertas entre aliados sobre assuntos de interesse estratégico para a França e nossos parceiros europeus", apontou o comunicado.
Washington também se comprometeu a aumentar seu apoio às missões antiterroristas lideradas por nações europeias na região do Sahel em África, acrescentou o departamento de Macron.
Biden e Macron concordaram ainda em se reunir pessoalmente no próximo mês para continuar resolvendo as tensões entre os países.
"O presidente Emmanuel Macron da República Francesa e o presidente Joe Biden dos Estados Unidos da América falaram em 22 de setembro, a pedido deste último, a fim de discutir as implicações do anúncio em 15 de setembro [...] Eles se reunirão na Europa no final de outubro, a fim de alcançar entendimentos compartilhados e manter o ímpeto neste processo", referiu a declaração.
Na semana passada, a França convocou seus embaixadores dos EUA e da Austrália, depois que Washington e Londres assinaram um acordo de submarinos nucleares com a Camberra, fazendo com que a última rescindisse um acordo anterior de submarinos com Paris, no valor de 90 bilhões de dólares australianos (R$ 347,26 bilhões, na cotação atual).