Pierre Éric Pommellet, diretor executivo da empresa, disse ao jornal Le Figaro que "em poucas semanas" será enviada uma fatura para a Austrália.
"A Austrália rescindiu o contrato por conveniência, o que significa que nós não temos culpa", afirmou.
"É um caso que está previsto no contrato e exigirá um pagamento de nossas despesas em que incorremos e as que virão, associadas à desmobilização das infraestruturas e das tecnologias de informação, bem como à transferência dos trabalhadores. Vamos reivindicar os nossos direitos", acrescentou.
Anteriormente a Austrália tinha se queixado que o acordo com a companhia Naval Group, que parcialmente é propriedade do Estado francês, estava com anos de atraso e bem acima do orçamento.
Ministro da Defesa da França informou que a empresa já iniciou negociações com Camberra relativamente ao pagamento.
Submarino nuclear Suffren é visto no estaleiro da empresa francesa Naval Group em Cherbourg
© AFP 2023 / Ludovic Marin
Pommellet comentou ainda que "esta decisão [de cancelamento] foi anunciada sem qualquer aviso prévio, com brutalidade sem precedentes".
Na semana passada, a Austrália estabeleceu uma parceria no domínio da defesa e segurança com o Reino Unido e os EUA, anunciando o cancelamento do contrato de fabricação de submarinos com a Naval Group, escreve South China Morning Post.
O acordo de 90 bilhões de dólares australianos (R$ 345,9 bilhões), denominado de "contrato do século", previa a produção de 12 submarinos da classe Barracuda.