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Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta quinta-feira, 23 de setembro

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta quinta-feira (23), marcada pela mudança da data da posse presidencial no Brasil, pelo telefonema entre Biden e Macron ante tensões por causa da AUKUS e pelo fechamento do espaço aéreo da Argélia ao Marrocos.
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Ministério da Saúde volta a liberar vacinação de adolescentes contra a COVID-19

Na noite desta quarta-feira (22), o Ministério da Saúde suspendeu a medida cautelar e retomou a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos. A decisão foi tomada na sequência da avaliação dos estudos do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, do próprio ministério em conjunto com a Anvisa e de um relatório da Pfizer. A pasta decidiu que efeitos positivos da vacinação superam os riscos. "Os benefícios da vacinação são maiores do que os eventuais riscos de eventos adversos da sua aplicação", segundo a nota da pasta, que aponta que o percentual de supostos erros de vacinação é "muito baixo". Na última quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu a vacinação para a referida faixa etária, criticando a campanha antecipada nos estados e afirmando que ainda é preciso investigar "eventos adversos". Outro motivo para a suspensão foram registros de adolescentes que teriam sido inoculados com medicamentos não aprovados pela Anvisa para esse grupo. Entretanto, o Brasil confirmou mais 839 mortes e 35.658 casos de COVID-19, totalizando 592.357 óbitos e 21.282.612 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Campanha de vacinação de adolescentes de 14 anos contra a COVID-19 no Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2021

Senado aprova mudança na data da posse presidencial para 5 de janeiro em 2027

A partir de 2027, o presidente da República e o vice-presidente serão empossados no dia 5 de janeiro, e a posse dos governadores será no dia 6. Na tarde desta quarta-feira (22), os senadores aprovaram o texto-base da reforma eleitoral e mantiveram os dois pontos já aprovados pela Câmara dos Deputados, que alteram a data das posses. Atualmente, as posses ocorrem sempre no dia 1º de janeiro. As novas datas passam a valer a partir da eleição de 2026, porque no momento a alteração pode criar impasses, já que o ano orçamentário termina em 1º de janeiro. Por isso mesmo, o Senado espera que até lá seja aprovada também uma legislação que altere o ciclo do Orçamento. Além disso, durante a votação da proposta, os senadores rejeitaram a volta das coligações em eleições proporcionais. Após a apreciação das redações finais pelos parlamentares, o texto vai para promulgação.
Presidente Jair Bolsonaro e primeira-dama Michelle no dia da posse, Brasília, 1º de janeiro de 2021

Após telefonema entre Biden e Macron, embaixador da França retorna aos EUA

Os presidentes dos EUA e França reataram os laços na quarta-feira (22), com o Estado francês concordando em enviar seu embaixador de volta para Washington. Em um comunicado conjunto divulgado após a conversa telefônica de Joe Biden e Emmanuel Macron, que durou 30 minutos, dois líderes acordaram "que a situação beneficiaria de consultas abertas entre os aliados sobre questões de interesse estratégico para a França e nossos parceiros europeus". A chamada de Biden a Macron foi uma tentativa de aliviar as tensões depois que Paris acusou Washington de "facada nas costas" quando a Austrália cancelou o contrato de submarinos convencionais franceses e optou por submarinos de propulsão nuclear com tecnologias dos EUA e Reino Unido. Na sequência disso, a França convocou seus embaixadores em Washington e Camberra. Anteriormente na quarta-feira (22), a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, descreveu a conversa telefônica como "amigável": "O presidente [Joe Biden] teve um telefonema amigável com o presidente da França, no qual eles acordaram em se reunir em outubro e prosseguir as consultas abrangentes e trabalhar em conjunto em uma série de assuntos". Perguntada se Biden pediu desculpas a Macron, ela disse: "Ele reconheceu que poderia ter havido uma maior concertação". Enquanto isso, o secretário de Estado, Antony Blinken, e seu colega francês, Jean-Yves Le Drian, interagindo pela primeira vez desde a crise dos submarinos, tiveram uma "boa troca de ideias" à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira (22).
Presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, Paris, 6 de setembro de 2021

Argélia fecha espaço aéreo para todos os aviões do Marrocos por causa de 'provocações'

As autoridades da Argélia decidiram fechar o espaço aéreo do país para todos os aviões civis e militares marroquinos cerca de um mês depois de cortarem os laços diplomáticos, anunciou na quarta-feira (22) o Escritório da Presidência. A decisão foi tomada durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional da Argélia. A agenda incluía as relações com o Marrocos. "Ante as provocações em curso e as ações progressivas do Marrocos, a Argélia decidiu fechar de imediato o espaço aéreo para todas as aeronaves marroquinas – civis e militares – bem como as registradas no Marrocos", diz o comunicado. Em agosto, Argel anunciou o corte dos laços diplomáticos com Rabat devido às "ações hostis" do vizinho. As duas nações norte-africanas têm estado por muito tempo em desacordo sobre o controle do Saara Ocidental, antiga colônia da Espanha transferida para o Marrocos e a Mauritânia em 1973. Três anos depois, a Frente Polisário, da qual a Argélia é considerada a principal apoiadora, estabeleceu a República Árabe Saaraui Democrática (SADR, na sigla em inglês, parcialmente reconhecida) em uma pequena parte do território disputado. Marrocos, que controla a maior parte do Saara Ocidental, tem exigido a autonomia da região, enquanto a Nações Unidas e a SADR são a favor do referendo sobre sua autodeterminação.
Bandeiras da Argélia na capital do país, 18 de setembro de 2021

Chanceleres de 5 países do Conselho de Segurança da ONU discutem Afeganistão

Cinco membros permanentes do Conselho de Segurança estão unidos em sua aspiração por um Afeganistão estável, disse na quarta-feira (22) o secretário-geral da ONU, António Guterres, após o encontro durante a Assembleia Geral da ONU que está decorrendo em Nova York. Eles buscam "um Afeganistão onde os direitos das mulheres e das meninas são respeitados, um Afeganistão que não é um santuário para o terrorismo, um Afeganistão com um governo inclusivo representando todas as camadas da população", disse. O secretário de Estado dos EUA e os chanceleres do Reino Unido, França e Rússia se reuniram presencialmente, enquanto seu homólogo chinês Wang Yi se juntou a eles por vídeo, em negociações que duraram cerca de uma hora. Nenhum deles falou com jornalistas depois da reunião. A China e a Rússia descrevem a vitória do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) como uma derrota para os Estados Unidos após 20 anos da guerra, enquanto Pequim procura o desbloqueio de ativos afegãos congelados. No entanto, eles têm adiado o reconhecimento internacional do movimento e também têm preocupações sobre o apoio do Talibã a grupos extremistas externos. A recém-nomeada chanceler britânica, Liz Truss, procurou a reunião do P5, expressando esperança de unidade no assunto do Talibã.
Membros da comitiva de uma delegação em frente da sede das Nações Unidas durante a 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York, 21 de setembro de 2021

Síria exige que Turquia retire imediatamente suas tropas do país

A Turquia deve retirar imediatamente suas tropas das regiões no norte da Síria, disse o ministro das Relações Exteriores sírio, Faysal Mikdad, à Sputnik. Ele comentava a recente escalada das tensões na província de Idlib. "A Turquia deve imediatamente se retirar e a comunidade internacional deve apoiar os esforços da Síria de liberação dos territórios ocupados no norte do país", disse Mikdad. Segundo a opinião do chefe do MRE sírio, a razão principal dessa escalada é a "ocupação turca e o apoio prestado pela Turquia aos grupos terroristas lá". Em agosto, o enviado especial da Síria da ONU, Geir Pedersen, constatou a deterioração da situação de segurança e uma nova escalada do conflito armado em algumas regiões da Síria. Ele se referiu à situação na província de Idlib. Idlib permanece o último grande bastião de militantes sírios, que intensificaram seus ataques a posições das tropas governamentais nas últimas semanas. Segundo as palavras do enviado, confrontos tão intensos não eram observados nesta região da República Árabe desde março de 2020.
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