Descobrem no Marrocos fóssil 'bizarro' de 168 milhões de anos de nova espécie de dinossauro (FOTOS)

Uma nova espécie de dinossauro foi encontrada no Marrocos depois que os cientistas encontraram um fóssil "incomum", que se acredita ser pelo menos 20 milhões de anos mais antigo do que tipos semelhantes anteriormente descobertos.
Sputnik
Um bizarro fóssil com vários espinhos pertencia a uma nova espécie de dinossauro que era "diferente de tudo o resto no reino animal", afirmam pesquisadores, informa Daily Mail.
O fragmento achado exibe uma série de espinhos que estão unidos à costela do animal, o que é bastante incomum para um anquilossauro, uma vez que normalmente os espinhos estariam ligados ao tecido da pele.
Anquilossauros era um grupo diversificado de dinossauros, que possuíam uma espécie de armadura, associados com estegossauros que habitaram durante todo o período Cretáceo, compreendido entre 145 a 66 milhões de anos atrás.
 
Espinhos unidos com a costela em um fragmento fossilizado de uma espécie recém-descoberta de dinossauro chamada Spicomellus afer
 
No entanto, existem poucas evidências destes dinossauros que habitavam antes deste período, fazendo com que o fóssil em causa, que data de aproximadamente 168 milhões de anos, seja o mais antigo exemplo do grupo já descoberto. O fragmento foi encontrado na cadeia montanhosa Médio Atlas no Marrocos.
Susannah Maidment, pesquisadora do Museu de História Natural de Londres, descreveu a nova espécie, denominando-a de Spicomellus afer.
​Aqui está a costela de Spicomellus afer no Museu de História Natural de Londres! O fóssil de anquilossauro mais antigo já conhecido e o primeiro do continente africano. Olhem para estes espinhos estranhos!
"No início pensamos que o espécime poderia ser parte de um estegossauro, tendo já os encontrado no mesmo local. Mas após uma análise mais atenta, entendemos que o fóssil era diferente de tudo o que já tínhamos visto", explicou ela.
"Os anquilossauros tinham espinhos que geralmente estavam embutidos em sua pele e não unidos ao osso", detalhou Maidment.
A descoberta também questiona uma teoria anterior de que os anquilossauros se sobrepuseram aos estegossauros e levaram à sua extinção.
No entanto, a nova descoberta aponta que ambas as espécies coexistiram por mais de 20 milhões de anos, implicando que a extinção dos últimos pode ter acontecido por outras razões.
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