Enquanto Merkel se prepara para renunciar após as eleições gerais neste domingo (26), ela advertiu que o surgimento de um governo de esquerda poderia potencialmente "estrangular" as empresas com novos impostos.
"Em algumas campanhas eleitorais você tem a impressão de que talvez seja sobre este ou aquele tópico, mas no final talvez não importe realmente quem governa a Alemanha", disse Merkel.
"Mas quero dizer-lhes por minha experiência que na vida política de um chanceler há momentos quando não é irrelevante quem governa, quando você tem que tomar a decisão certa", afirmou Merkel.
A atual chanceler alemã sublinhou que se trata de manter a Alemanha estável e o futuro de seu povo.
Em resposta à declaração de Merkel, o secretário-geral do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) da Alemanha, Lars Klingbeil, argumentou que a CDU estava "jogando sujeira" porque faltava-lhe um programa eleitoral convincente.
Eleições na Alemanha
As eleições gerias de hoje (26) decidirão a composição do 20º Bundestag, câmara baixa da Alemanha, que escolherá o chanceler que, ao ser oficialmente aprovado pelo presidente, formará um novo governo.
A votação é realizada em duas etapas. Na primeira votação o eleitor escolhe um candidato de um distrito eleitoral de um único membro, e na segunda votação o eleitor escolhe um partido.
Um total de 299 assentos é dedicado para os candidatos que vencerem em circunscrições eleitorais individuais. O restante será distribuído entre os partidos que superaram o limiar de 5%.
O Bundestag tem oficialmente 598 assentos, embora esse número possa variar devido ao sistema parlamentar. O 19º Bundestag tinha 709 membros.
As últimas pesquisas preveem uma disputa muito acirrada, com o SPD liderando com 25% e a CDU obtendo 22%.