COVID-19 no Brasil: Fiocruz conclui pré-validação de IFA nacional
Na noite desta segunda-feira (27), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que os dois primeiros lotes nacionais do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação de vacinas anti-COVID-19 já estão prontos. Contudo, os lotes ainda devem passar por controles de qualidade pela mesma Fiocruz e pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos. Além disso, a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que transferiram a tecnologia de produção ao país, também vão participar da análise de qualidade do IFA. É previsto que o insumo pode ser usado no final deste ano. Enquanto isso, o Rio de Janeiro registra queda nas internações pela COVID-19. Segundo os dados divulgados pelo secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, o número dos internados infectados com o coronavírus caiu na cidade para o menor patamar desde 6 de abril de 2020. Na segunda-feira (27), o Rio tinha 438 pacientes internados pela doença. Soranz relaciona a redução aos efeitos da vacinação. Entretanto, o Brasil confirmou mais 218 mortes e 15.092 casos de COVID-19, totalizando 594.702 óbitos e 21.364.489 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Funcionária de saúde em traje de proteção leva frascos da vacina AstraZeneca na fundação Fiocruz, Rio de Janeiro
© AP Photo / Bruna Prado
Congresso derruba vetos de Bolsonaro e barra despejos durante pandemia
A sessão conjunta do Congresso Nacional decidiu derrubar, nesta segunda-feira (27), um veto imposto pelo presidente Jair Bolsonaro a uma lei que proíbe despejos em imóveis urbanos durante a pandemia. Na sequência, os despejos seguirão proibidos pelo menos até o final deste ano. O presidente vetou a lei em agosto desse ano depois de ouvir os ministérios da Economia e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O governo argumentou que a proibição daria um "salvo conduto para os ocupantes irregulares de imóveis públicos", escreve o portal UOL. Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, está entre os líderes políticos que comemoram a decisão do Congresso. Em entrevista ao portal, ele afirmou: "A proibição de despejos na pandemia é uma derrota para a política de morte de Bolsonaro". Com a decisão, serão beneficiados todos os que ocuparam os imóveis residenciais até o início da pandemia no Brasil, isto é, até março de 2020.
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em homenagem de seus 1.000 dias de governo, Palácio do Planalto, Brasília, 27 de setembro de 2021
© REUTERS / UESLEI MARCELINO
Coreia do Norte lança míssil e acusa EUA de 'padrões duplos'
Nesta terça-feira (28), Pyongyang lançou um míssil não identificado em direção ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste), disse em comunicado o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. O míssil foi lançado a partir da província de Jagang para águas ao largo da costa leste, conforme os militares, enquanto o porta-voz do Ministério da Defesa do Japão disse à AFP que "parece ser um míssil balístico". Após menos de uma hora, o embaixador de Pyongyang nas Nações Unidas, Kim Song, disse na Assembleia Geral da ONU em Nova York: "Ninguém pode negar o direito de autodefesa à República Popular Democrática da Coreia". Esta é a última de uma série de mensagens semelhantes de Pyongyang, dias após a influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong, uma assessora principal dele, mencionar a perspectiva de uma cúpula intercoreana. Ela condenou como "padrões duplos" o criticismo da Coreia do Sul e dos EUA a respeito do desenvolvimento militar norte-coreano, enquanto seus aliados melhoram suas próprias capacidades. Washington, por sua vez, condenou o novo lançamento do Norte, qualificando-o de uma "ameaça" aos vizinhos de Pyongyang e à comunidade internacional. "As ações recentes da Coreia do Norte, incluindo os lançamentos repetidos de mísseis balísticos e outras, são uma ameaça à paz e segurança da região e do Japão, e também colocam em sério perigo a comunidade internacional como um todo", comentou também o chanceler japonês, Toshimitsu Motegi.
Sul-coreanos veem TV mostrando imagens do lançamento de um míssil pela Coreia do Norte em uma estação ferroviária em Seul, 28 de setembro de 2021
© AP Photo / Ahn Young-joon
Biden recebe dose de reforço contra COVID-19, afirma que é 'segura e eficaz'
O presidente dos EUA, Joe Biden, recebeu na segunda-feira (27) uma dose de reforço da vacina anti-COVID-19 na Casa Branca e disse que as agências de saúde americanas determinaram que essa é "segura e eficaz". "A Administração de Alimentos e Medicamentos [FDA, na sigla em inglês] e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças [CDC, na sigla em inglês] observaram todos os dados, completaram seu estudo e determinaram que as doses de reforço para a vacina Pfizer são seguras e eficazes", disse o presidente minutos antes de receber a dose. Biden afirmou também que provavelmente as doses de reforço de outros fabricantes de vacinas contra a COVID-19 poderão ser aprovadas mais tarde. Ele também instou os americanos a serem vacinados, repetindo sua posição que a COVID-19 é "uma pandemia de não vacinados", asserção contestada por alguns epidemiologistas e outros profissionais de saúde. "Mais de 77% dos adultos já tomaram ao menos uma dose, cerca de 23% não receberam nenhuma", disse, e acusou aqueles que não se vacinaram de danificarem o país. Na quinta-feira passada (23), o Comitê Consultivo de Práticas de Imunização do CDC divulgou uma recomendação para doses de reforço serem aplicadas apenas aos indivíduos de mais de 65 anos de idade e a pessoas em risco. A diretora do CDC, Rochelle Walensky, rejeitou a decisão e considerou outras categorias que supostamente estão em risco, tais como funcionários de saúde e professores.
Presidente dos EUA, Joe Biden, recebe dose de reforço da vacina contra a COVID-19 na Casa Branca em Washington, 27 de setembro de 2021
© AP Photo / Evan Vucci
OIM buscando alternativas para haitianos na fronteira americana, Brasil é uma das opções
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) está ativamente procurando destinos alternativos para os haitianos na fronteira EUA-México além do regresso ao Haiti, e ao Brasil pode ser pedido para acolher alguns dos migrantes como opção, disseram fontes da OIM à Sputnik. Cerca de 15.000 migrantes, principalmente do Haiti, chegaram à cidade de Del Rio, na fronteira entre os dois países, nas últimas semanas, forçando o governo dos EUA a declarar o estado de emergência e a enviar agentes fronteiriços. "Dada a atual situação socioeconômica e política no Haiti e sabendo que numerosos cidadãos haitianos anteriormente receberam residência permanente, e que em alguns casos tinham filhos em outros países da região, a OIM está ativamente procurando alternativas além do regresso ao Haiti para os que têm outras opções. O pedido feito pela OIM à Embaixada do Brasil no México faz parte desta busca por opções de migração humana, regular e segura para essa população", disseram em comunicado. A OIM está muito preocupada com a situação na qual estão os cidadãos haitianos no México e em particular na fronteira com os EUA. O próprio presidente Biden, após seu discurso na Assembleia Geral da ONU, prometeu controlar a crise dos migrantes na fronteira EUA-México.
Migrantes haitianos fora de um abrigo aguardam por sua resolução migratória, México, 26 de setembro de 2021
© AFP 2023 / JULIO CESAR AGUILAR
Insurgentes na Guiné declaram Carta de Transição
Os militares da Guiné que organizaram um golpe militar contra o presidente Alpha Condé anunciaram a adoção de uma Carta de Transição, informou o portal de notícias Guineenews. Segundo ele, a Carta vai servir "como lei fundamental até a adoção de uma nova Constituição". Em 5 de setembro, uma unidade de elite dirigida por um ex-legionário do Exército francês, o coronel Mamady Doumbouya, organizou um golpe de Estado e derrubou o presidente Alpha Condé, de 83 anos, cuja reeleição para o terceiro mandato em outubro de 2020 foi marcada por denúncias de fraude e violentos protestos. Doumbouya vai exercer as funções de presidente do país durante o período de transição, segundo a Carta. O documento também prevê "a criação de um governo liderado por um primeiro-ministro civil e do Conselho Nacional de Transição, que funcionará como Parlamento até o estabelecimento de uma nova Assembleia Nacional". O conselho vai consistir de 81 membros, incluindo representantes da sociedade civil e dos partidos políticos, organizações e grupos étnicos e religiosos. Segundo a Carta, a nova Constituição será adotada de acordo com os resultados de um referendo.