A decisão de bloquear canais da redação alemã do RT no YouTube foi tomada exclusivamente pela empresa de TI, disse em um briefing Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão. Seibert sublinhou que as autoridades do país não tiveram nada a ver com a decisão, e que as declarações a respeito não correspondem à verdade.
"Tomamos nota disto. Há, obviamente, oportunidades para os canais afetados contestarem", disse ele.
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, em resposta a um pedido de comentários, disse que o bloqueio dificultou o trabalho da mídia, constitui censura e violou grosseiramente as leis russas, de modo que não se deve excluir a tomada de medidas para forçar a plataforma cumprir as leis.
"E certamente deveria haver tolerância zero para com este tipo de coisas", concluiu.
Na terça-feira (28) Margarita Simonyan, editora-chefe da agência Rossiya Segodnya e RT, relatou que o YouTube removeu dois dos canais do RT em idioma alemão, sem a possibilidade de os restaurar.
O Google, proprietário da empresa, respondeu que fechou os canais devido a "violações dos termos e condições de uso". Simonyan observou que estas regras "não são indicadas por eles próprios em nenhum lugar", e chamou as ações do YouTube de declaração completa de guerra midiática por parte da Alemanha.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou a remoção dos canais de informação de "ato de agressão de informação sem precedentes", enquanto o Serviço Federal de Vigilância na Área das Comunicações, Tecnologias da Informação e Mass Media (Roskomnadzor) ameaçou bloquear o YouTube na Rússia.