O ex-presidente da França e outros 13 acusados foram considerados culpados no chamado caso Bygmalion.
Um tribunal francês concluiu que Sarkozy ultrapassou o limite da conta de sua campanha presidencial em 16.247.509 euros (R$ 101.841.011). O limite foi ultrapassado a partir da 18ª reunião em 31 de março de 2012.
"A partir dessa data, cada reunião representou um crime", revelou a juíza Caroline Viguier.
"Nicolas Sarkozy conhecia a quantia do limite máximo legal. Não foi a primeira campanha dele e ele conhecia a lei. Além disso foi notificado por escrito do risco de ultrapassagem por duas notas. E Nicolas Sarkozy continuou suas reuniões nas mesmas condições", segundo a Justiça.
Sarkozy foi condenado a um ano de detenção que "cumprirá sob regime de vigilância eletrônica", assim ele não vai para uma prisão.
A decisão do tribunal foi anunciada na ausência do ex-presidente francês. Sarkozy foi representado por seu advogado, Thierry Herzog.
Caso Bygmalion
O processo judicial foi denominado caso Bygmalion pela imprensa, usando o nome da agência de relações públicas que fornecia apoio informático à campanha de Sarkozy.
De acordo com a acusação, a sede de campanha usou contas falsas para reuniões organizadas pela agência Bygmalion para esconder os gastos excessivos com a campanha presidencial.
No âmbito do processo judicial foram acusadas 14 pessoas. O ex-presidente declarou sua inocência, negando o excesso de gastos na campanha de 2012.