A farmacêutica alemã Merck anunciou nesta sexta-feira (1º) que solicitará às autoridades de saúde dos Estados Unidos a autorização de seu medicamento experimental para reduzir o risco de hospitalização e morte entre pacientes infectados pela COVID-19.
A Merck e a empresa de biotecnologia Ridgeback Biotherapeutics realizaram um estudo envolvendo 775 pacientes com contágio leve a moderado, mas com maior probabilidade de ter doença grave devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardiovasculares. Alguns receberam a pastilha molnupirvir e outros, placebo.
Entre os pacientes que tomaram molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados ou morreram em 30 dias, em comparação com os 14,1% que receberam placebo. Após esse período, não houve mortes no grupo que recebeu o comprimido molnupiravir, enquanto houve oito falecidos entre aqueles que tomaram o placebo.
"Dado que o vírus continua circulando amplamente e que as opções terapêuticas atualmente disponíveis são administradas por injeção e requerem assistência em um centro de saúde, os tratamentos antivirais que podem ser tomados em casa são urgentemente necessários para manter as pessoas infectadas com COVID-19 fora do hospital", disse Wendy Holman, diretora executiva da Ridgeback Biotherapeutics.
Segundo o comunicado, o governo dos Estados Unidos já comprou 1,7 milhão de doses do medicamento que pode ser o primeiro antiviral contra o coronavírus de uso oral, por US$ 1,2 bilhão (R$ 6,4 bilhões).
Além disso, a Merck, que planeja fabricar 10 milhões de comprimidos antes do final do ano, assinou contratos de fornecimento e compra de molnupiravir com outros governos, esperando a autorização regulatória.