Foram mobilizados cerca de 3.600 militares e policiais para todo o sistema prisional do país, de modo a "garantir a segurança" nas instalações, de acordo com a ministra do Interior, Alexandra Vela.
"O governo está mobilizando permanentemente 3.600 membros da Polícia Nacional e das Forças Armadas em todas as prisões do Equador diariamente", disse Vela em uma coletiva de imprensa, na capital Quito, citada pelo portal Infobae.
Esta nova medida visa descongestionar o sistema penitenciário equatoriano, cuja capacidade é para 30 mil detentos mas que há vários anos enfrenta uma crise devido a uma superlotação de 30%, falta de guardas, orçamento reduzido, corrupção e guerra entre gangues com conexões ao tráfico de drogas mexicano e colombiano.
Na prisão onde ocorreu o confronto mortal estão presas 8.500 pessoas, tendo uma superlotação que chega a 60%, de acordo com os números oficiais. Em prisões como essa, é comum existirem motins com armas de fogo entre gangues rivais com ligações ao tráfico internacional de drogas e que lutam pelo poder entre si mesmas.
Parente de preso aguarda notícias fora da Penitenciária del Litoral em Guayaquil, Equador, 29 de setembro de 2021
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No ano passado, a prisão foi epicentro de lutas sangrentas entre gangues ligadas ao tráfico de drogas, pelo que o Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Adultas (SNAI, na sigla em espanhol) vai "se concentrar no controle total" da prisão, e "incluir entre as medidas de segurança o escaneamento de cargas para evitar o contrabando de armas", citado na matéria.
O complexo penitenciário também deverá ser reabilitado e os prisioneiros serão colocados em diferentes alas para evitar atos violentos.
A ministra do Interior também anunciou, em uma ação coordenada com o Município de Guayaquil, que os locais de sepultamento serão entregues às famílias dos detentos que foram mortos, e que lhes será oferecido "acompanhamento" através dos Ministérios da Saúde e da Inclusão Social.