Quatro explosões superluminosas ocorrem em um dos cometas mais estranhos do Sistema Solar (FOTOS)

Um cometa conhecido por seu comportamento impetuoso passou por um uma série de explosões quase contínuas desde 25 de setembro.
Sputnik
Nos últimos dias, o cometa 29P, conhecido como um dos objetos gelados mais estranhos do Sistema Solar, surpreendeu bastante os astrônomos, escreve The New York Times.
No sábado passado (25), um ponto de luz explodiu não muito longe de Júpiter. Depois disso, as explosões continuaram, com mais dois jatos de matéria sendo disparados para o espaço no domingo, seguidos de uma quarta explosão na segunda-feira.
Durante esse processo violento, o cometa se tornou 250 vezes mais brilhante do que o habitual.
De acordo com os astrônomos, esta é a primeira vez que são registradas quatro explosões em um curto período de tempo neste cometa.
"Alguns chamam a isso de uma superexplosão. Isso requer uma imensa quantidade de energia", disse Maria Womack, astrofísica da Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês).
Duas imagens feitas no final de setembro pelo Observatório MacDonald da Universidade do Texas em Fort Davis mostram as explosões no cometa 29P
Ao ser questionada sobre o que poderia estar provocando este comportamento intenso, a cientista disse: "Não sabemos. E é isso que a torna tão interessante".
Apesar de estar a aproximadamente 900 milhões de quilômetros do Sol, o 29P permanece em um estado de fúria quase constante, frequentemente ejetando gás e poeira na escuridão do vácuo espacial. Está "sempre ativo e nunca se acalma", observou Womack.
Provavelmente, esta hiperatividade é causada pela predominância de monóxido de carbono – um gás volátil que precisa de muito pouca luz solar para aquecer dramaticamente e liberar gás em grandes volumes para o espaço. Estas erupções iluminam brevemente a atmosfera do cometa cobrindo-a de poeira, que reflete a luz solar.
Por ano ocorrem pelo menos sete explosões deste tipo. "Nenhum outro cometa conhecido no Sistema Solar passa por explosões com tal frequência e intensidade", comentou Kacper Wierzchos, astrônomo da Universidade de Arizona.
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