O autor notou que a pandemia do coronavírus virou uma grande crise para toda a humanidade. Isso se reflete em dificuldades de suprimentos da maioria dos itens, desde grãos até chips para computadores.
No entanto, neste ano alguns países enfrentaram novos problemas. Assim, no Reino Unido se observa um grave déficit de combustível, enquanto as prateleiras dos supermercados estão vazias por causa da falta de caminhoneiros, parcialmente na sequência do Brexit.
"Mas os desafios estão ameaçando o resto do planeta também", ressaltou o analista.
Neste inverno no Hemisfério Norte, o regime térmico vai afetar diversos mercados: se as previsões mais pessimistas dos meteorologistas se tornarem realidade, o déficit de recursos energéticos vai levar a uma crise de grande escala, detalha o autor do artigo.
Ele também aponta ao início da "briga" por recursos: a China ordenou na semana passada às suas empresas estatais que se assegurem das entregues de carvão a todo o custo, o que, por sua vez, levou a um crescimento recorde dos preços do gás e eletricidade na Europa.
Nos Países Baixos isso provocou o fechamento da maior rede de estufas, ameaçando o suprimento de alimentos. Na França as autoridades disseram que vão bloquear novos aumentos nas tarifas de gás reguladas e cortar nos impostos sobre a energia. Além disso, em todo o mundo os estoques de trigo estão se reduzindo, da América do Norte à Rússia, enquanto as previsões sobre a produção de grãos também estão piorando.
Em conclusão, Winfrey notou que o último inverno foi grave por causa da pandemia, mas "o que está por vir pode proporcionar pouco descanso para os governos, que já se esforçam sob a pressão dos custos econômicos para combater a pandemia".