Notícias do Brasil

Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 4 de outubro

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta segunda-feira (4), marcada pela eleição do novo premiê do Japão, pelo envolvimento de Guedes e Campos Neto nos Pandora Papers e pelo vazamento de petróleo na costa da Califórnia.
Sputnik

COVID-19 em SP: estado tem menor marca de internados dos últimos 18 meses, mas registra atraso na vacinação com 2ª dose

Segundo o governo paulista, o estado de São Paulo registrou no domingo (3) menos de 4,5 mil internados por COVID-19, com 4.497 hospitalizados. A marca é inferior à registrada em 10 de abril de 2020 e cerca de sete vezes menor do que o balanço registrado no pico da segunda onda da pandemia. As taxas de ocupação dos leitos de UTI também estão entre as menores desde o início da pandemia do coronavírus, com 31,4% no estado. Porém, a campanha de vacinação paulista enfrenta dados menos animadores: SP tinha cerca de 3,9 milhões de residentes do estado atrasados com a segunda dose da vacina anti-COVID-19 no domingo (3). Durante o "Dia V" de vacinação, organizado no sábado (2), foram imunizados 8% dos paulistas com esquema vacinal incompleto. A Secretaria Estadual da Saúde acredita que o atraso se deva a uma confusão sobre o prazo entre as doses: recentemente ocorreu diminuição deste período de três para dois meses. Entretanto, o Brasil confirmou mais 237 mortes e 9.176 casos de COVID-19, totalizando 597.986 óbitos e 21.465.674 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Vacinação contra a COVID-19 realizado na cidade de São Paulo, 2 de outubro de 2021

Rio vai realizar Carnaval sem restrições em 2022

A Prefeitura do Rio planeja permitir a realização das festas de Réveillon em dezembro e do Carnaval em fevereiro de 2022 sem medidas restritivas, sob condição se haja um ritmo controlado de casos e óbitos da pandemia do coronavírus nos próximos meses. Conforme a nota da assessoria do prefeito Eduardo Paes à Folha, em 3 de outubro, a Prefeitura do Rio "trabalha para que tanto o Réveillon quanto o Carnaval ocorram em sua plenitude sem a necessidade de qualquer medida restritiva. Mas somente será possível realizá-los desta maneira com a população vacinada e a pandemia de Covid-19 controlada". A possível realização do Carnaval no ano que vem foi discutida na última sexta-feira (1º) pela Câmara dos Vereadores do Rio. Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, sinalizou que RJ precisa de baixas taxas de infecção para poder receber o evento. Ele também acrescentou que é preciso cautela, já que é uma doença nova e há outras variáveis que podem interferir no processo. Recentemente, o Rio passou a exigir passaportes de vacinação em meio à reabertura gradual das atividades no estado.
Movimentação na Praia de Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, 3 de outubro de 2021

Pandora Papers: Guedes e Campos Neto mantêm empresas em paraísos fiscais

Cerca de 35 atuais e ex-líderes mundiais, bem como mais de 330 políticos e funcionários públicos em todo o mundo são mencionados no relatório Pandora Papers, divulgado ontem (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). O relatório revela dados de alegado envolvimento de figuras públicas em esquemas de offshore, em particular, a ocultação de ativos em paraísos fiscais. No que diz respeito aos políticos brasileiros, os dados da investigação apontam que os dois nomes à frente dos mais altos cargos da economia do Brasil – o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, mantêm empresas ativas em paraísos fiscais. Além disso, eles teriam pedido sigilo sobre as movimentações financeiras de suas respetivas offshores. Ambos poderão ser investigados pelo Ministério Público Federal. Na lista dos Pandora Papers estão também os presidentes atuais do Chile, Equador e República Dominicana. No caso do presidente chileno, Sebastián Piñera, o relatório diz que o mandatário teria participado no processo da venda da mineradora Dominga em 2010. A presidência chilena negou seu envolvimento após a publicação. A investigação envolveu mais de 600 jornalistas de 117 países, bem como o vazamento de mais de 11,9 milhões de arquivos "cobrindo todos os cantos do globo".
Ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes

Novo premiê eleito no Japão, após demissão de todo o governo

Os legisladores do Japão votaram nesta segunda-feira (4) no ex-chanceler Fumio Kishida, de 64 anos, para novo primeiro-ministro do país. O Partido Liberal Democrata (PLD), no poder do Japão, tinha elegido Kishida como seu novo líder, depois que o demissionário premiê Yoshihide Suga anunciou no início de setembro sua decisão de não concorrer ao cargo de chefe do LDP, o que também significou sua renúncia como chefe de governo. Kishida ganhou por uma margem confortável contra Yukio Edano, chefe do Partido Democrático Constitucional, da oposição japonesa. Kishida e seu novo gabinete serão empossados em uma cerimônia no palácio na tarde de hoje (4). No novo governo, Toshimitsu Motegi deverá ser mantido como chaceler, enquanto Hirokazu Matsuno se tornará chefe de gabinete. Kishida planeja dissolver a Câmara dos Representantes em 14 de outubro. De acordo com os relatos da mídia japonesa, a eleição da câmara baixa do parlamento vai ocorrer em 31 de outubro. O Japão tem enfrentado ameaças crescentes nucleares e de mísseis a partir da Coreia do Norte. No mês passado, Pyongyang lançou mísseis balísticos capazes de atingir alvos no Japão. Kishida também enfrenta o agravamento dos laços com a Coreia do Sul, devido a disputas sobre questões históricas. Na semana passada, Kishida disse que sua maior prioridade será a economia. Seu "novo capitalismo" deve ser uma continuação da política econômica de Shinzo Abe, com o objetivo de aumentar as rendas de mais pessoas e criar um ciclo de crescimento e distribuição.
Novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, chega a seu gabinete em Tóquio, 4 de outubro de 2021

Vazamento do petróleo na Califórnia

Um grande vazamento de petróleo na costa sul da Califórnia deixou peixes mortos, aves cobertas de petróleo e zonas húmidas contaminadas, levando as autoridades locais a chamá-lo de catástrofe ambiental. A Guarda Costeira dos EUA, liderando uma resposta de limpeza que envolve agências federais, estaduais e municipais, disse no domingo (3) que está em andamento uma investigação de 24 horas por dia sobre como o vazamento ocorreu. Aproximadamente 3.000 barris foram vazados, formando uma mancha de petróleo que cobre cerca de 33,6 quilômetros quadrados no oceano Pacífico desde que foi relatada pela primeira vez na manhã do sábado (2), informou a prefeita da cidade Huntington Beach, Kim Carr. Segundo ela, o vazamento foi causado por uma ruptura na plataforma petrolífera Elly, se estendendo de Huntington Beach até Newport Beach, um trecho da costa popular entre surfistas e banhistas. Kim Carr disse que a plataforma é operada pela empresa Beta Offshore, uma subsidiária da Amplify Energy Corporation, com sede em Houston. As chamadas para as duas empresas ficaram sem resposta. As praias do local foram fechadas, o show aéreo planejado também foi cancelado. Kim Carr chamou o incidente "uma das situações mais devastadoras que a nossa comunidade enfrentou em décadas". A republicana Michelle Steel pediu ao presidente Joe Biden, em carta, que emitisse uma declaração de catástrofe grave em resposta ao vazamento.
Peixe nada sob manchas de petróleo no Canal de Talbert após um grande vazamento na costa da Califórnia, EUA, 3 de outubro de 2021

Rússia pode convocar sessão do Conselho de Segurança sobre ações no Afeganistão

A Rússia não descarta a convocação em breve de uma sessão do Conselho da Segurança da ONU, na qual a coalizão ocidental, liderada pelos EUA, deverá responder sobre suas ações no Afeganistão, afirmou à Sputnik o diretor do segundo departamento da Ásia do MRE russo, Zamir Cabulov. "Em um futuro próximo, não descartamos a possibilidade de convocar uma sessão do Conselho da Segurança da ONU para ouvir o relato dos representantes da coalizão ocidental sobre a atividade no território do Afeganistão. Por todo o tempo de sua presença lá, não tivemos conhecimento de nenhum relatório substancial e amplo sobre a realização do mandado recebido do Conselho da ONU para a Força Internacional de Assistência à Segurança e para a missão Apoio Resoluto", disse. Ainda é preciso compreender a escala dos crimes militares dos EUA e da coalizão ocidental no Afeganistão e tirar conclusões. Ele também acrescentou que "certamente, os EUA e seus aliados são responsáveis pelo que tem acontecido no Afeganistão nas últimas duas décadas". Em 31 de agosto, os militares americanos deixaram o aeroporto de Cabul, pondo fim a quase de 20 anos da presença militar dos EUA no país.
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