China e Rússia pedem à ONU para verificar potencial de guerra biológica dos EUA e aliados

A China e a Rússia afirmam que os avanços científicos e tecnológicos aumentam o risco de uso de agentes biológicos como armas e apelam aos EUA para cumprirem a Convenção da ONU sobre as Armas Biológicas.
Sputnik
O apelo foi feito na quinta-feira (7) em uma discussão do comitê de controle de armas da Convenção da ONU sobre Proibição de Desenvolvimento, Produção e Estocagem de Armas Biológicas (BWC, na sigla em inglês).
As chancelarias chinesa e russa pediram que as capacidades dos Estados Unidos e de seus aliados sejam verificadas e limitadas, argumentando que "à luz dos rápidos avanços no campo da ciência e tecnologia, com capacidades de duplo uso [civil e militar], aumentou o risco de agentes biológicos serem usados como armas".
"Neste contexto [a China e a Rússia] gostariam de chamar a atenção para o fato de que as atividades biológicas militares dos Estados Unidos e seus aliados no exterior (mais de 200 laboratórios biológicos dos EUA estão implantados fora de seu território nacional, funcionando de forma opaca e não transparente) causam sérias preocupações e questionamentos entre a comunidade internacional sobre sua conformidade com a Convenção sobre Armas Biológicas", segundo a declaração conjunta.
A China e Rússia declaram que tais atividades representam sérios riscos para a segurança nacional de ambos os países e de regiões relevantes.
Os dois países propuseram que, sob um mecanismo de monitoramento, deveriam existir "equipes biomédicas móveis" para investigar o uso de armas biológicas e "ajudar no combate a epidemias de várias origens".
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