"Taiwan […] é um assunto interno da China e não se pode tolerar nenhuma interferência externa", declarou o líder chinês em um discurso por ocasião do 110º aniversário do início da Revolução Xinhai, que estabeleceu a primeira república chinesa, avança agência AP.
"A reunificação da nação deve ser alcançada, e será sem dúvida alcançada. A reunificação de forma pacífica é a mais alinhada com o interesse geral da nação chinesa, incluindo os compatriotas de Taiwan", afirmou Xi Jinping.
As declarações do líder chinês ocorrem poucos dias depois de o Exército do país enviar várias dezenas de aviões de guerra para a zona de Taiwan, incluindo bombardeiros com capacidade nuclear H-6, tendo as aeronaves entrado na zona de identificação de defesa aérea da ilha, o que gerou protestos de Taipé.
Guardas de honra de Taiwan durante um ensaio do Dia Nacional em Taipé, Taiwan, 5 de outubro de 2021
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"Ninguém deve subestimar a forte determinação do povo chinês, a vontade e a capacidade de salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", ressaltou Xi.
Anteriormente, o presidente chinês apelou a mais esforços para garantir a paz e a segurança no estreito de Taiwan, em meio à recente passagem nesta área sensível do destróier de mísseis guiados dos EUA USS Barry, passagem qualificada pelo governo de Pequim como provocação.
Pequim afirma que Taiwan é uma "província rebelde", enquanto Taipé insiste que é independente desde 1949. Os vínculos entre Taiwan e a China continental apenas foram restabelecidos ao nível empresarial e informal no final da década de 1980.