O casal – Jonathan e Diana Toebbe – foi acusado de vender "dados restritos relativos a projeto de navios de guerra movidos a energia nuclear", no decorrer de um ano, a uma pessoa que acreditavam ser representante de uma potência estrangeira. No entanto, essa pessoa era, na verdade, um agente secreto do FBI.
Jonathan trabalhou no Programa de Propulsão Nuclear Naval e tinha autorização para acessar dados restritos sobre o projeto de submarinos nucleares e seus reatores. Em abril de 2020, ele teria enviado uma amostra desses dados restritos a um governo estrangeiro, juntamente com uma carta dizendo: "Por favor, encaminhe esta carta para sua agência de inteligência militar. Acredito que esta informação será de grande valor para a sua nação [...] Isto não é uma brincadeira", conforme consta nos documentos judiciais.
Porém, até agora, o país em questão não foi revelado pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Após enviar a referida amostra de "dados restritos" ao agente infiltrado e receber um pagamento de "boa fé" de US$ 10 mil (cerca de R$ 55.119) em moedas digitais não especificadas, Toebbe firmou um acordo para trocar mais informações confidenciais sobre submarinos nucleares norte-americanos por mais criptografia, informou o Departamento de Justiça norte-americano.
Entre junho e agosto de 2021 Jonathan Toebbe deixou três pen drives escondidas em vários objetos, entre eles a metade de um sanduíche e até mesmo um pacote de chicletes.
O casal é acusado de dois delitos relacionados com crimes de espionagem, cujas sentenças permanecem em aberto.