"Esta crise não terminará sozinha nos próximos seis meses, e possivelmente por mais tempo [...] Pode levar dois anos para ser resolvida", comentou Vucic em uma coletiva de imprensa, após receber o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na capital sérvia, Belgrado.
O presidente sugeriu que a escassez de gás se deve à dependência excessiva da Europa de fontes de energia renováveis, junto com sua relutância politicamente motivada em chegar a acordos de fornecimento de longo prazo com a Rússia.
No início desta semana, o preço do gás na Europa bateu um novo recorde, ultrapassando US$ 1.900 (cerca de R$ 10.473) por mil metros cúbicos. No final, acabou por recuperar mas, ainda assim, permaneceu com um valor alto, caindo para cerca de US$ 1.200 (aproximadamente R$ 6.614).
A Sérvia depende da Rússia para o fornecimento de gás natural. Só em 2018, a gigante russa Gazprom (empresa estatal de gás natural) exportou 2,2 bilhões de metros cúbicos de gás russo para a Sérvia.
Vucic disse que a nação sérvia estava especialmente grata "à Rússia por sua assistência na preservação da estabilidade e segurança energética de nosso país".
O presidente da Sérvia acrescentou que esperava encontrar-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, antes do final de 2021.