Por sua vez, a líder de Taiwan Tsai Ing-wen disse que Taipé espera aliviar as tensões da nação insular com a China, mas deixou claro que não toleraria a pressão de Pequim.
Durante seu discurso em um comício nacional neste domingo (10), Tsai prometeu que Taiwan vai "continuar reforçando" a sua defesa nacional e demonstrar a sua determinação em defender-se "a fim de assegurar que ninguém possa forçar Taiwan a seguir o caminho que a China traçou para" Taipé.
"Isto é porque o caminho que a China traçou não oferece a Taiwan nem um modo de vida livre e democrático, nem soberania para os nossos 23 milhões de pessoas", disse ela.
A presidente observou também que Taiwan não vai "agir precipitadamente" no desenvolvimento de sua defesa nacional, acrescentando, no entanto, que "não deve haver absolutamente nenhuma ilusão de que o povo de Taiwan se curvará à pressão", em aparente alusão a China.
Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, participa de exercício de decolagem e aterrissagem de caças da Força Aérea taiwanesa em Pingtung, Taiwan, 15 de setembro de 2021
© REUTERS / Agência de notícias militar de Taiwan / Handout
"Quanto mais alcançamos, maior a pressão que enfrentamos da China. Por isso, quero lembrar a todos os meus concidadãos que não temos o privilégio de baixar a guarda", sublinhou Tsai Ing-wen.
Ela sustentou que a situação em torno de Taiwan se tornou "mais complexa e variável do que em qualquer outro período nos últimos 72 anos", acusando a China de aumentar a sua presença militar na zona de defesa aérea da ilha, o que teria afetado seriamente a segurança nacional do seu país.
As observações da presidente taiwanesa ocorrem um dia depois do discurso do líder chinês Xi Jinping, que disse que "a reunificação da nação deve ser alcançada, e será sem dúvida alcançada. A reunificação de forma pacífica é a mais alinhada com o interesse geral da nação chinesa, incluindo os compatriotas de Taiwan".