O clarão de luz azul tinha um aspecto assustador, mas não causou qualquer dano. Na verdade, a maioria das pessoas nunca teria notado o evento, de acordo com o Science Alert.
O que o astronauta francês registrou foi um "evento luminoso transitório" - um fenômeno parecido com um relâmpago que atinge a camada superior da atmosfera. Este tipo de relâmpago parece diferente dos que ocorrem nas nuvens de tempestade e abaixo delas, sendo muito maior que eles, relata o portal Gizmodo.
Há, no entanto, "relâmpagos azuis" que acontecem mais abaixo na estratosfera, durante trovoadas. Se o raio se propaga através da região com carga negativa, no topo das nuvens de trovoada, antes de atravessar a região positiva abaixo, ele acaba batendo para cima, provocando um brilho azul de nitrogênio molecular.
O clarão azul capturado pelo astronauta francês Thomas Pesquet é acontecimento raro conhecido como "evento luminoso transitório"
© Foto / Conta Twitter de Thomas Pesquet
"O que é fascinante neste relâmpago é que há apenas algumas décadas, eles tinham sido observados por pilotos, e os cientistas não estavam convencidos de que [tais fenômenos] realmente existissem", explicou Pesquet, citado pelo Science Alert.
Estes eventos são particularmente difíceis de fotografar a partir do solo, pois ocorrem a altitudes muito elevadas, e são também ocultados por nuvens de tempestade. Além disso, tais fenômenos geralmente duram apenas milissegundos ou alguns segundos de cada vez.
Há, de igual modo, sprites vermelhos (perturbações estratosféricas/mesosféricas resultantes de eletrificação por trovoada intensa), que são descargas elétricas ocorrendo muito acima da trovoada; e ELVES vermelhos ligeiramente mais fracos (emissão de luz e perturbações de frequência muito baixa devido a fontes de pulso eletromagnético) na ionosfera.