Chiu Kuo Cheng, ministro da Defesa de Taiwan, transmitiu recentemente aos membros parlamentares da ilha que Taipé não se envolveria de forma alguma no começo de uma guerra contra a China, informou na quinta-feira (14) a agência britânica Reuters.
"O que é mais claro é que a República da China não vai de forma nenhuma começar ou desencadear uma guerra, mas se houver movimentos, nós enfrentaremos o inimigo diretamente", disse na quinta-feira (14) Chiu em uma sessão do Parlamento, usando o nome oficial de Taiwan.
Pequim há muito considera Taiwan uma província que deve regressar ao território da China unificada. Embora as autoridades chinesas tenham indicado que o continente usaria a força se a necessidade surgisse, Taipé tem afirmado há muito tempo que é uma nação autônoma, e que manterá essa situação a qualquer custo sem, no entanto, alguma vez declarar diretamente a independência.
Chiu declarou em 6 de outubro aos legisladores taiwaneses que a China tinha a capacidade de montar uma invasão "em escala total" contra Taiwan até 2025, devido às tensões entre os dois territórios serem as "mais sérias" em 40 anos.
No início deste mês, militares chineses realizaram mais de 100 voos ao longo de Taiwan durante um período de poucos dias, referidos por altos responsáveis no governo da China como uma tentativa de defender a soberania e o território do país. Eles também responsabilizaram o governo pró-independentista de Taiwan pelo aumento das tensões.
Taiwan, por sua vez, respondeu com alarme aos voos, que têm aumentado no último ano, e destacou aeronaves para enfrentar a intromissão na zona de identificação de defesa aérea da ilha.