Nesta sexta-feira (15), o vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou que o governo federal não renovará a operação GLO que permite o emprego de militares em ações de combate a crimes ambientais na Amazônia, segundo o G1.
A operação, que termina também nesta sexta-feira (15), tinha como previsão de término o dia 31 de agosto, entretanto, o presidente, Jair Bolsonaro, decidiu estender os trabalhos por mais 45 dias.
Entretanto, segundo Mourão, as Forças Armadas continuarão a atuar na Amazônia para prestar apoio logístico nas ações lideradas por órgãos civis de fiscalização.
O apoio logístico mencionado pelo vice-presidente já é previsto por lei de forma permanente, segundo a mídia.
"Sem renovação da GLO, o que foi acertado: as Forças Armadas continuam a prestar apoio logístico, de comunicações e de inteligência. O Ministério do Meio Ambiente, que teve o seu orçamento duplicado, repassa o recurso necessário para o Ministério da Defesa. Coordenação feita dentro do grupo gestor e pronto, segue o baile", disse Mourão citado pela mídia.
Ainda segundo o vice-presidente, agora, os órgãos de fiscalização estão com maior capacidade de fazer o trabalho, pois houve reforço de pessoal e de dinheiro.
Queimada é vista em área de plantação próximo à praia de Lábrea (AM), 6 de setembro de 2019
"As agências ambientais estão com mais gente agora em condições de trabalhar. Vamos lembrar que no ano passado a intensidade da COVID-19 era muito maior, o pessoal não estava vacinado, tem muita gente de mais idade que são funcionários das agências e agora estão em condições de trabalhar em tempo integral", argumentou.
A retirada das Forças Armadas no combate a crimes ambientais pode sinalizar uma fragilidade na fiscalização e prevenção dos incêndios que assolam a região.
De acordo com Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo entrevistado pela Sputnik Brasil, "quase 100% dos incêndios na Amazônia são causados criminalmente ou acidentalmente, e não naturalmente".