Mais de uma década após a descoberta de FRBs, os astrônomos ainda estão perplexos com as origens das explosões cósmicas de milissegundos, cada uma das quais lança energia equivalente à energia produzida pelo Sol durante um ano inteiro, escreve portal EurekAlert.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (13) na revista Nature revela que em 2019 ao longo de 47 dias foram detectados no total 1.652 FRBs independentes originadas por uma única fonte.
A fonte, denominada FRB 121102, foi observada pelo Telescópio Esférico de Abertura de 500 metros (FAST, na sigla em inglês) e representa mais rajadas rápidas de rádio em um evento do que todas as outras ocorrências relatadas combinadas.
"Esta foi a primeira vez que uma fonte de FRBs foi estudada tão minuciosamente. A grande série de explosões ajudou a nossa equipe a se focar como nunca antes nas características da energia e na distribuição de energia de FRBs, o que lança luz sobre o mecanismo que alimenta esses fenômenos misteriosos", disse Bing Zhang, astrofísico da Universidade de Nevada em Las Vegas.
Rápida explosão de rádio passa pelo espaço e atinge a Terra (representação artística)
Acredita-se que os magnetares são a fonte que alimenta a maioria das FRBs, sendo estrelas de nêutrons incrivelmente densas e de pequenas dimensões que possuem os campos magnéticos mais fortes do Universo. Enquanto os cientistas obtêm cada vez mais informações sobre o que produz estas explosões, a sua localização continua sendo um mistério.
De acordo com Zhang, atualmente existem dois modelos das origens das FRBs. De acordo com o primeiro, as explosões vêm de magnetosferas, ou de dentro do forte campo magnético de um magnetar. A segunda teoria sugere que FRBs se formam a partir de choques relativísticos no exterior da magnetosfera viajando à velocidade da luz.
Pesquisadores esperam que no futuro o telescópio FAST continue descobrindo um grande número de rajadas rápidas de rádio seguidas.